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Conep autoriza teste de vacina desenvolvida pelo Instituto Butantã com biofarmacêutica chinesa

Autorização era o último requisito necessário para a terceira fase do estudo, que irá comprovar ou não a segurança e a eficácia da vacina; governador João Doria havia anunciado testes em humanos sem ter aval da comissão de ética

8 jul 2020 - 20h22
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O Instituto Butantã recebeu nesta quarta-feira, 8, aval do Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para testar em humanos a vacina Coronavac, desenvolvida em parceria com farmacêutica chinesa Sinovac. A autorização era o último requisito necessário para a realização da terceira fase do estudo, que irá comprovar ou não a segurança e a eficácia da vacina contra o novo coronavírus.

Conforme mostrou o Estadão, o governador João Doria (PSDB) havia anunciado que os testes teriam início em 20 de julho, sem ainda ter recebido o aval do Conep. Na ocasião, o instituto dispunha apenas do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A previsão de testagem continua sendo a partir do próximo dia 20 em voluntários que atuem no atendimento a pacientes com coronavírus. Os participantes não podem ter sido infectados, não devem participar de outros estudos e não podem estar grávidas ou planejarem uma gravidez nos próximos três meses. Também não devem ter "doenças instáveis" ou que precisem de medicações que alterem a resposta imune, explicou o Instituto Butantã. As inscrições começam na semana que vem.

O imunizante é produzido a partir de cepas inativadas do novo coronavírus. A Coronavac teve suas fases 1 e 2 de testes realizadas na China, com resultados promissores. Após parceria entre a companhia asiática e o Instituto Butantã, ela terá sua fase 3 de ensaio clínico, com mais de 9 mil voluntários, executada no Brasil.

Centros

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP será o primeiro a iniciar os testes. Os demais 11 centros iniciarão quando obtiveram as aprovações locais. Na cidade de São Paulo também foram selecionados como centros de pesquisa o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o Hospital Israelita Albert Einstein.

Também participarão a Universidade Municipal de São Caetano do Sul, o Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas), a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

As pesquisas serão realizadas, ainda, na Universidade de Brasília (UnB); no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro; no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais; no Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul e no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná./ Colaborou Fabiana Cambricoli

Estadão
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