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Conheça a história de Cláudia Mousinho: ela venceu um câncer de colo de útero

Hoje (26) é o Dia Nacional de Prevenção ao Câncer de Colo do Útero. Segundo o médico Marcos Maia, "é preciso destacar que a doença pode ser evitada na maioria dos casos. É importante conscientizar a população sobre medidas preventivas"

26 mar 2024 - 11h21
(atualizado às 11h45)
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Claudia Barbalho Mousinho, de 41 anos, tornou-se um símbolo de uma luta após ser diagnosticada com câncer de colo de útero no ano de 2021. Este tipo de tumor é terceiro mais prevalente entre as mulheres.

Claudia Barbalho Mousinho, de 41 anos, é um símbolo na luta contra o câncer de colo de útero –
Claudia Barbalho Mousinho, de 41 anos, é um símbolo na luta contra o câncer de colo de útero –
Foto: Arquivo Pessoal / Perfil Brasil

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil registrará mais de 700 mil novos casos de câncer até 2025, reforçando a urgência de ações preventivas e de conscientização.

Os números do câncer de colo do útero são preocupantes: a estimativa é que sejam diagnosticados mais de 17 mil novos casos ainda neste ano de 2024.

Para Claudia, o diagnóstico de câncer de colo do útero foi um golpe inesperado. Aos 38 anos e mãe solo de dois filhos, ela enfrentou um carrossel de emoções quando recebeu a notícia.

"Na hora, você deita no caixão literalmente, mas quando cai em si, você vê que precisa levantar e lutar", relembrou dos momentos de angústia e determinação.

Exame preventivo para detectar câncer de colo de útero

Marcos Maia, ginecologista e especialista em Ginecologia Oncológica, explica que "é fundamental destacar que este tipo de câncer pode ser evitado na maioria dos casos, o que ressalta a importância de educar e conscientizar a população sobre medidas preventivas".

De acordo com o médico, o exame preventivo feminino, também conhecido como Papanicolau, deve ser realizado periodicamente,  por todas as mulheres, após os 25 anos: "Esse exame é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces que, se tratadas adequadamente, têm alta taxa de cura e evitam a progressão para o câncer", explicou. 

Claudia é um exemplo desses casos. Ela não teve sintomas evidentes, porém a doença foi diagnosticada precocemente devido a alterações encontradas no exame de Papanicolau.

"Não tive nenhum sintoma que indicasse a presença do câncer, estávamos tratando outra coisa na verdade e, por sorte, entramos nos exames de rotina da mulher", relembra.

Ela engordou 25 quilos em razão de uma depressão e agravamento  de uma doença de pele (hidradenite). Claudia, então, começou a buscar ajuda profissional. "Agendei com o doutor Marcos Maia e ele me pediu um check-up ginecológico completo. Ao identificar alteração no meu exame preventivo, corremos para fazer a biópsia e o resultado foi câncer".

Apesar dos momentos de dificuldades, Claudia encontrou forças para seguir adiante, enfrentando cirurgias e tratamentos com determinação. "O câncer hoje, graças aos médicos sérios e competentes, não é uma sentença de morte", enfatiza.

Após o tratamento bem-sucedido, Claudia celebra não apenas sua recuperação, mas também a transformação positiva que essa experiência trouxe para sua vida: "Três anos depois, estou ótima e perdi os 25 quilos também". Sua história inspiradora ressalta a importância da conscientização e prevenção do câncer de colo do útero, especialmente neste mês dedicado à saúde da mulher.

Causas do câncer de colo de útero

O câncer de colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do HPV, uma condição que pode ser prevenida com ações simples, como a vacinação.

"Exame preventivo ou Papanicolau são os nomes populares para a colpocitologia oncótica cervical, um exame simples, rápido e indolor, realizado em consultório médico ou no laboratório, que é imprescindível para o rastreio do câncer de colo do útero", explicou Marcos Maia: "é por meio desse exame que conseguimos detectar precocemente alterações celulares causadas pelo Papiloma Vírus Humano (HPV)".

Perfil Brasil
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