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Consumo de vitamina D dobra no Brasil; saiba os riscos

Cada vez mais brasileiros têm iniciado a suplementação de vitamina D de maneira indiscriminada. Médico alerta sobre os riscos

25 mai 2023 - 13h00
(atualizado às 18h06)
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São diversos os motivos que levam à suplementação de vitamina D. Seja para fortalecer a imunidade, melhorar o metabolismo ou prevenir doenças, como a Covid-19, diversos brasileiros estão consumindo suplementos do nutriente de maneira indiscriminada. Como resultado, porém, podem surgir alguns danos à saúde, como dores de cabeça, náusea e até comprometimento da função renal.

De acordo com a Associação Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac), a venda de suplementos de vitamina D praticamente dobrou entre 2019 e 2022 no Brasil. Os especialistas encaram esse aumento como motivo de grande preocupação.

Nos últimos anos as pesquisas clínicas vem apontando cada vez mais os benefícios de se manter o equilíbrio das vitaminas e minerais para que o organismo funcione de forma mais equilibrada e harmônica. Segundo o Dr. Daniel Bratan, médico nutrólogo especialista em emagrecimento, esta é a razão que levou ao aumento no consumo de vitamina D no país.

"Frente às informações e estudos divulgados as pessoas passaram a consumir as vitaminas sem auxílio médico, acreditando que o uso não acarreta problemas por se tratar somente de vitaminas. Outro ponto importante é que qualquer suplemento hoje pode ser comprado livremente, o que de certa forma incentiva a auto suplementação", acrescenta. 

Benefícios da vitamina D

De fato, os benefícios da vitamina D para a saúde são muitos. Segundo Daniel, ela é a vitamina mais importante do nosso organismo, com mais de quatro mil funções. O médico aponta as principais atribuições do nutriente:

  • Regula a absorção de cálcio e fósforo;
  • Modula todo nosso sistema imunológico;
  • Atua diretamente na prevenção de doenças cardiovasculares;
  • Reduz a incidência de osteoporose;
  • Diminui sintomas relacionados à ansiedade e depressão;
  • Auxilia no tratamento de doenças autoimunes e até na prevenção de neoplasias (câncer).

"O recomendado é que aqueles pacientes que desejam ter os benefícios da vitamina D  procurem um médico especialista para ser feita uma avaliação e entender se será necessário realizar a suplementação", destaca o médico.

Riscos da vitamina D em excesso

O nutrólogo explica que o excesso de vitamina D acontece em casos raros nos quais os pacientes já possuem alterações nos níveis de cálcio, função dos rins e principalmente quando a suplementação não tem o auxílio de um médico. "Nesses casos os pacientes podem vir a sofrer com náuseas, vômitos e mudança na função dos rins com elevação da creatinina", alerta.

Porém, ao atingir os níveis adequados de vitamina D, os pacientes têm um melhor funcionamento do sistema imunológico com menor incidência de doenças virais, tem uma qualidade do sono mais adequada, apresentam mais disposição e, além disso, mais energia ao longo do dia. 

"O recomendado é que sempre o paciente procure ajuda médica para que o especialista possa solicitar exames de sangue para que seja avaliado se existe a necessidade de realizar suplementação. Nunca o paciente deve optar pela auto suplementação", reforça o médico. 

Como absorver o nutriente

A principal forma de adquirir a vitamina D é através da exposição ao sol, porém os períodos em que mais as pessoas deveriam se expor (ao meio dia) é também o momento que mais acarreta riscos à saúde da pele. Dessa forma, o recomendado é que através dos alimentos se busque alternativas para manter os níveis dentro dos valores recomendados. O especialista cita alimentos como:

  • Gema de ovos;
  • Atum;
  • Sardinha;
  • Tilápia;
  • Óleo de salmão;
  • Salmão;
  • Leite integral;
  • Fígado de galinha.

Porém, muitas vezes não é possível atingir a quantidade necessária através dos alimentos. Dessa forma, após avaliação de um médico especialistas será feita a suplementação respeitando a individualidade de cada paciente, indica Daniel.

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Foto: Shutterstock / Saúde em Dia
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