Coronavírus: 'A pior coisa é a tosse incontrolável', diz infectado
Um homem com diabetes tipo 1 descreve os sintomas após contrair o coronavírus na Itália.
"A pior coisa é a tosse incontrolável", descreve Andrew O'Dwyer, que está se recuperando após ter sido infectado com o novo coronavírus após uma viagem que fez à Itália no final de fevereiro para esquiar.
Andrew, que está em autoisolamento em casa, no sudoeste de Londres, afirmou que já teve gripe pior. E disse que a febre que teve devido ao coronavírus "não é diferente dos sintomas normais de gripe".
Apesar de ter diabetes tipo 1, Andrew diz que ter o novo coronavírus "não é algo para se preocupar pessoalmente".
"Não estou preocupado", diz ele.
A gravidade dos sintomas pode variar amplamente entre a população. As pessoas mais velhas e com condições médicas pré-existentes (como asma, diabetes, doenças cardíacas) têm maior probabilidade de ficar gravemente doentes e podem precisar de tratamento hospitalar. No Reino Unido, onde Andrew vive, houve até o momento 10 mortes relacionadas ao coronavírus.
Andrew foi informado de que o vírus não estava circulando no resort em que ele estava hospedado, mas 21 das 25 pessoas em seu grupo da viagem foram infectadas.
Ao voltar da Itália para o Reino Unido, ele decidiu ficar em casa e se isolar como precaução, apesar de ainda não apresentar sintomas naquele momento.
'Tosse debilitante'
Como algumas pessoas do grupo adoeceram em dois dias, ele entrou em contato, por telefone, com o sistema de saúde pública britânico, o NHS (National Health Service) e disse que o serviço funcionou muito bem.
"Fiz o teste antes de me sentir mal, porque outras pessoas tinham testado positivo. Três dias depois, descobri que deu positivo. Mas isso foi mais de uma semana antes de os sintomas começarem a aparecer", disse ele.
Os sintomas incluíam o que ele descreveu como uma "tosse bastante debilitante" e uma temperatura alta, que ficava subindo e descendo.
Ele diz que tomar paracetamol realmente ajudou a reduzir a febre.
Em um momento, ele chegou a ter que ir ao hospital em uma ambulância para uma avaliação. Ele foi examinado, mas não precisou sair da ambulância e foi deixado em casa novamente.
Andrew está agora no caminho da recuperação — mas conta que tem sido um longo caminho. Ao final do autoisolamento, ele terá passado 21 dias sem sair de casa. Ele diz que sente muita falta do filho, de 9 anos, que não vê há duas semanas.
Ele também contou que está tentando trabalhar em casa, mas achou difícil se concentrar.
Como um ponto positivo, ele diz que seus amigos têm sido muito bons, ajudando-o nas compras para a casa.