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Coronavírus pode se fortalecer e aumentar infecções

Ministro da Comissão Nacional de Saúde da China falou com imprensa neste domingo; país começou a desenvolver a vacina

26 jan 2020 - 06h07
(atualizado às 08h49)
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Em entrevista coletiva neste domingo, 26, o ministro da Comissão Nacional de Saúde da China, Ma Xiaowei, disse que a capacidade de transmissão do coronavírus está se fortalecendo e que o número de infecções pode continuar aumentando. Globalmente, a doença já atingiu mais de 2.000 pessoas e matou 56 na China. De acordo com o ministro, o conhecimento das autoridades sobre o novo vírus é limitado e que eles não são claros sobre os riscos decorrentes de mutações do vírus.

Grupo de turistas em ponto conhecido da China usa máscara para evitar contaminação
Grupo de turistas em ponto conhecido da China usa máscara para evitar contaminação
Foto: Reuters

Na coletiva, o ministro explicou que o período de incubação do coronavírus pode variar de 1 a 14 dias e que vírus é infeccioso durante a incubação, o que não foi o caso da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), um coronavírus que se originou na China e matou quase 800 pessoas globalmente em 2002 e 2003. As autoridades chinesas anunciaram que estão começando a desenvolver uma vacina contra o vírus, tendo isolado com sucesso uma cepa do vírus.

Ainda na entrevista, o ministro disse que o novo coronavírus pode ter surgido em animais selvagens, apesar disso ainda não estar claro para autoridades. Por conta disso, o país proibiu o comércio de animais silvestres em todo o território em mercados, supermercados, restaurantes e plataformas de comércio eletrônico. Qualquer local que crie animais selvagens deve ser isolado, além disso, o transporte de animais selvagens deve ser proibido, disse o comunicado.

Os esforços de contenção, que até agora incluem restrições de transporte e viagens e o cancelamento de grandes eventos, serão intensificados, disse Ma em uma coletiva de imprensa lotada no segundo dia do feriado do Ano Novo Lunar.

Na contramão disso, a cidade costeira chinesa de Shantou, na província de Guangdong, disse que não proibirá a entrada de carros, navios e pessoas, mas fortalecerá o controle de doenças como esforços de desinfecção, informou a mídia local STRTV, revertendo uma declaração anterior do governo, que tinha dito que impediria carros, navios e pessoas de entrar na cidade a partir de segunda-feira, 27, para ajudar a impedir a propagação do coronavírus.

O vírus que surgiu em Wuhan já se espalhou por cidades chinesas como Pequim e Xangai, além de Estados Unidos, Tailândia, Coréia do Sul, Japão, Austrália, França e Canadá

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