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Crianças pobres são mais propensas à obesidade, diz estudo

15 jan 2014 - 19h19
(atualizado às 19h20)
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<p>Crianças mais abastadas fazem mais atividade física e ingerem menos calorias, mostra estudo</p>
Crianças mais abastadas fazem mais atividade física e ingerem menos calorias, mostra estudo
Foto: Getty Images

A obesidade infantil tem criado uma divisão de classes, alertam especialistas. Na última década, o problema passou a atingir jovens de classe média, enquanto continuou a crescer entre aqueles de famílias mais pobres. Com informações do site do jornal britânico Daily Mail.

Os resultados de um estudo feito nos Estados Unidos voltam a um alerta feito há quatro anos por pesquisadores britânicos, que concluíram que os jovens de famílias menos abastadas e educadas têm mais chances de cair na armadilha da obesidade.

Pesquisas recentes sugerem que as taxas se estabilizaram, mas o professor Robert Putnam e sua equipe dizem que a tendência geral mascara uma diferença crescente e significativa entre jovens de classes alta e baixa. Eles afirmam que as famílias de baixa-renda são menos propensas a comprar o próprio carro. Isto significa que estão mais propensas a comprar comida processada, ricas em gordura e açúcar. Seus bairros também têm menos playgrounds, calçadas e instalações recreativas.

Filhos de pais com maior grau de educação, por outro lado, são mais propensos a tomar café da manhã e consumir menos calorias em lanchinhos entre as refeições. Usando dados de duas pesquisas nacionais de saúde de longo prazo – a National Health and Nutrition Examination Survey e a National Survey of Children’s Health –, eles mostram que a obesidade cresceu de maneira similar entre as pessoas com idades entre 12 e 17 anos, entre 1988 e 2002.

Desde então, ela começou a declinar mais entre as crianças mais abastadas, mas continuou a crescer entre as menos priveligiadas, de acordo com um relatório do Proceedings of the National Academy of Sciences. Crianças com melhores origens também apresentaram maiores níveis de atividade física e consumiram menos calorias entre 1999 e 2010, comparadas com os demais. Os pesquisadores disseram ainda que isso pode ajudar a explicar a crescente disparidade na obesidade entre adolescentes de diferentes status socioeconômicos.

Para reverter o quadro, Putnam pede intervenções públicas para promover estilos de vida mais saudáveis entre os jovens, especialmente os de baixa renda. “O contexto socioeconômico influencia o consumo individual de comida e os padrões de atividade física. Não só as frutas e vegetais frescos são mais caros do que fast food, mas as alternativas saudáveis são às vezes difíceis de serem encontradas em comunidades pobres”, observa.

Em dezembro de 2009 pesquisadores da University College London disseram que, se as tendências nesta área seguissem o que foi visto entre 1995 e 2007, em 2015, a predominância de jovens obesos nas classes sociais mais baixas aconteceria em uma extensão maior. 

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Fonte: Terra
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