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De sono a câncer: veja males causados por luz artificial

Estudos mostram que a exposição de luzes de tablets, computadores e smartphones podem ser prejudiciais

21 out 2014 - 15h14
(atualizado às 15h39)
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<p>Luz artificial pode desencadear diversos  problemas de saúde, dizem pesquisas</p>
Luz artificial pode desencadear diversos problemas de saúde, dizem pesquisas
Foto: iStock

A luz artificial mudou a forma como a raça humana viveu os últimos 100 anos. Mas as preocupações estão aumentando acerca da exposição a ela, que, estima-se, quadriplicou entre 1950 e 2000. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.

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Mesmo para quem não trabalha durante a noite, é praticamente impossível evitar o ofuscamento noturno a partir de lâmpadas de rua, lanternas de carros e luzes de TVs, computadores e smartphones.

Este tipo de iluminação afeta o ritmo circadiano – o relógio biológico do corpo – e a produção de melanina, hormônio liberado pela glândula pineal.

Veja, a seguir, de que forma este processo pode gerar problemas e afetar a sua saúde.

Quilinhos a mais

Cientistas da Universidade de Northwestern, em Chicago, descobriram recentemente que a exposição à luz de computadores e smartphones podem levar ao ganho de peso. Ela aumentaria a angústia da fome e pode fazer isso durar por horas.

Uma razão apontada é que estes aparelhos emitem mais luz azul, do tipo que geralmente funciona como uma chamada para o relógio do corpo acordar e repor seus estoques de energia.

O estudo mostrou que a exposição por três horas durante a noite estimula o apetite.

Risco de câncer

O uso ocasional de dispositivos tarde da noite não deve trazer danos, mas, repetidamente, pode aumentar o risco de câncer. Um relatório publicado no European Journal of Cancer Prevention mostrou uma análise de 16 estudos nesse sentido. Pesquisadores de uma universidade chinesa descobriram que o hábito pode aumentar em até 17% as chances do câncer de mama.

Outros estudos mostraram que enfermeiras que trabalham durante a noite podem sentir esse efeito – uma teoria é que isso corrompe o equilíbrio hormonal do corpo e cria o ambiente ideal para o desenvolvimento do câncer.

Crianças ansiosas

Pesquisa realizada com animais sugere que a exposição noturna à luz torna as crianças mais ansiosas. Um estudo publicado no jornal Physiologu and Behaviour mostrou que bebês de ratos expostos à luz durante a noite apresentaram mais sinais de estresse e ansiedade do que os que dormiram na escuridão, provavelmente por ter aumentado os níveis do hormônio do estresse, o cortisol.

Outra pesquisa, publicada no mês passado, mostrou que crianças podem ser mais suscetíveis à supressão da melatonina do que os adultos.

Diabetes tipo 2

Uma pesquisa publicada no jornal Chronobiology International mostrou que os idosos são mais propensos a desenvolver diabetes ao se sentarem por quatro horas diante de luzes brilhantes antes de se deitar.

Cientistas japoneses verificaram que pacientes expostos a luzes brilhantes à noite se mostraram 50% mais propensos a desenvolver a doença. Isso pode ser explicado pelo fato de o relógio do corpo ter um papel importante no controle dos níveis de açúcar no sangue.

Mau humor

Enquanto uma boa noite de sono pode fazer muito bem, a exposição noturna à luz pode ter o efeito oposto em sua saúde mental e psíquica. Estudos recentes da Universidade de Ohio mostraram que hamsters fêmeas expostas à luz durante a noite demonstraram sinais de mau humor e depressão.

Cientistas descobriram que os animais também apresentavam níveis mais elevados de sangue de fator de necrose tumoral, proteína que envia mensagens em resposta à lesões ou inflamações. A elevação constante dessa proteína também tem sido associada à depressão.

Sonolência durante o dia

A exposição à luz azul – o tipo que vem de smartphones, tablets e laptos – pode fazer com que você se sinta sonolento no dia seguinte, mesmo que tenha tido uma boa noite de sono. Essa é a conclusão de um estudo recente da Universidade de Tsukuba, no Japão, onde nove homens foram expostos à luz azul ou a nenhuma luz por duas horas antes de irem para a cama.

Embora tenham dormido o mesmo tempo, na manhã seguinte os pesquisadores notaram que os altos níveis de sonolência estavam entre os que tiveram expostos à luz azul. O metabolismo deles se tornou mais lento, sugerindo que este tipo de luz interrompe a habilidade do relógio do corpo de dar início às atividades pela manhã.

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Fonte: Terra
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