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Confira 7 mitos que cercam as doenças mentais

Doenças como depressão e ansiedade não são raras e, sim, existe cura para elas

2 set 2015 - 19h30
(atualizado às 19h37)
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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente uma em quatro pessoas terá algum tipo de doença mental no decorrer de suas vidas
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente uma em quatro pessoas terá algum tipo de doença mental no decorrer de suas vidas
Foto: iStock

O estigma em cima de doenças mentais, como a ansiedade e depressão, leva as pessoas a acreditarem em várias pegadinhas. E já passou da hora de colocar tudo a limpo. Estereótipos negativos ajudam a fomentar mentiras sobre essas doenças e isolam ainda mais esses pacientes.

Esses fatos errados podem tornar o tratamento ainda mais difícil, já que pesquisas apontam que o estigma se torna uma barreira para o tratamento.

O Huffington Post desvendou os mitos mais comuns acerca de doenças mentais. Confira.

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Mito nº 1: é contagioso

Para acabar com esse mito, primeiro é preciso diferenciar emoções de doenças mentais. Pacientes diagnosticados com doenças mentais experimentam um espectro de emoções que são um subproduto da química do cérebro e outros possíveis fatores, como o ambiente em que vivem.

Apesar de alguns pesquisadores sugerirem que emoções – as negativas em particular – são contagiosas, as doenças mentais não são. Elas não funcionam como uma gripe ou virose que são repassadas por meio de um vírus ou bactérias.

Continuar acreditando nesse mito dificulta o desenvolvimento de um paciente e se torna uma grande barreira para seu tratamento.

Mito nº2: doenças mentais provocam violência

Muitos ainda culpam doenças mentais por tragédias como o assassinato ao vivo de dois jornalistas, na Virginia. Mas a verdade é que ter uma doença mental não significa que a pessoa irá cometer um ato violento.

Um estudo de 2014 conduzido pela Universidade Estadual da Carolina do Norte, RTI International, Universidade da Califórnia , Universidade de Simon Fraser e Universidade de Duke mostra que pessoas com doenças mentais têm mais chances de sofrerem atos violentos do que cometer algum.

Mito nº3: é raro

Errado! Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente uma em quatro pessoas terá algum tipo de doença mental no decorrer de suas vidas. Ou seja, é bem provável que você conheça alguém que sofre com algum tipo de distúrbio mental.  

Mito nº4: doenças mentais são “invenções”

É comum as pessoas acharem que alguém com ansiedade pode “se acalmar” ou quem tem depressão “precisa dar a volta por cima”, como se pudessem controlar suas emoções. Não é tão simples assim.

Doenças mentais também têm sintomas físicos. Por exemplo, o apetite de pessoas com depressão muda e ansiosos podem sofrer com problemas cardiovasculares, no estômago e ter um sistema imune debilitado.  

Mito nº5: não há cura

Doenças mentais não se apresentam da mesma forma para todos, a intensidade dos sintomas varia.

Terapia, medicação e grupos de apoio são ferramentas que podem ser usadas no tratamento e ajudam o paciente a retomar uma vida mais saudável. “Depressão é uma doença curável”, disse o diretor do Instituto de Saúde Mental do Estado de Nova York, Lloyd Sederer.  “Assim como qualquer doença séria é preciso compreensão, acompanhamento, tratamento médico, uma boa relação entre paciente e clínica e um bom suporte das pessoas próximas”.

Mito nº6: doenças mentais são culpa de uma infância ruim

Claro que alguns acontecimentos da vida podem contribuir para a evolução de uma doença mental. “Não é que ter uma infância ruim não tenha nenhum peso, mas problemas na infância podem ser relacionados a um monte de outras coisas, não só a ansiedade”, explicou o professor de psiquiatria e ciências comportamentais da Universidade Johns Hopkins, Joseph Bienvenu.

Mito nº7: você não pode ajudar alguém que sofre com alguma doença mental

Amigos e familiares são essenciais durante o tratamento. De acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos pela Associação Americana de Ansiedade e Depressão, Fundação Americana de Prevenção ao Suicídio e a Aliança Nacional de Ação para Prevenção do Suicídio, o suporte de entes queridos é uma parte importante para prevenir suicídios. “Familiares, amigos e namorados podem oferecer apoio de forma que não julguem o paciente. Pode ser ajudando-o a marcar uma consulta, tomar remédios ou durante atividades diárias”, explica Gregory Dalack, presidente do departamento de psiquiatria da Universidade de Michigan.

Fonte: Terra
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