Descubra as diferenças entre raios UVA e UVB e suas ações
Não bastasse aumentar a temperatura em todo o Brasil, o sol forte eleva a incidência da radiação ultravioleta (UV), um fator que contribui em cheio para queimadura e, em casos mais graves, câncer de pele. Composta pelos raios UVA e UVB, ela sugere pico de intensidade alarmante a partir do nível 11, sendo que cidades como São Paulo e Rio de Janeiro registraram durante este mês índice na casa de 13.
Responsável por 95% do “corpo” da radiação, o tipo A está ligado diretamente à perda de jovialidade da cútis, além de recentemente ficar comprovado seu envolvido no desenvolvimento de tumores. “Como ele dura o ano todo e o dia inteiro, é muito prejudicial, pois tem o efeito cumulativo que depois de alguns anos se manifesta por meio do envelhecimento, das rugas ou câncer”, diz Marcelo Bellini, dermatologista membro da Academia Americana de Dermatologia (AAD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Mais fracos, os raios UVB atingem apenas a camada mais superficial do tecido cutâneo e logo provocam a sensação de ardência. “Apesar de serem um dos principais responsáveis pelos casos de câncer de pele, eles também colaboram na síntese de vitamina D”, afirma Marcia Monteiro, dermatologista especialista pela SBD. Na lista de pontos positivos, pode ser incluído o benefício para o bronzeamento natural. “Com os raios, a melanina - substância protetora da cútis - é estimulada, o que faz a pele ficar mais escura”, explica Marcia.
Cuidados diários
Para barrar a ação negativa da radiação e aproveitar o verão numa boa, é preciso fazer uma forcinha para evitar o banho de sol entre 10h e 16h. Ação indispensável nesta época do ano, a aplicação de protetor solar deve ser diária para formar um filtro em volta da pele, mesmo que o sol esteja encoberto. “Em dias nublados, as nuvens filtram o UVB e deixam passar o UVA”, conta Marcelo.
E não basta passar apenas uma camada do cosmético, a reaplicação deve ser feita com rigor. Na praia, a cada duas horas quando exposto ao sol e sempre que sair da água, enquanto no dia a dia necessita ser passado pela manhã e reaplicado na hora do almoço, e a cada hora quando há prática de esporte, devido ao escorrimento por meio do suor.
Em contrapartida, fazer uma alternância entre as áreas do corpo é uma maneira de absorver o que há de melhor nos raios solares. “Para haver a absorção de vitamina D, precisamos da presença de radiação solar e os filtros podem, sim, bloquear essa ação. Portanto, a orientação é fazer um rodízio de aplicação”, sugere Marcia. Assim, a ideia é sempre passar no rosto e deixar um dos braços sem aplicar, enquanto no outro dia, o outro membro fica desprotegido.