Detectado no Japão 1º caso de zika após surto na América
O Ministério da Saúde do Japão confirmou nesta quinta-feira (25) a detecção do primeiro caso de zika no país desde o surto epidêmico na América, que afeta um adolescente que tinha viajado recentemente ao Brasil.
Trata-se de um jovem da cidade de Kanazawa (ao sul de Tóquio) que foi ao hospital sentindo febre e erupções cutâneas após retornar na semana passada de uma viagem ao Brasil.
Após fazer exame de sangue, o Ministério de Saúde, Trabalho e Bem-Estar japonês confirmou que se trata do primeiro caso detectado desde o surto de zika em 2015 no Brasil, e devido à passagem do jovem por este país, as autoridades japonesas acreditam que o contágio aconteceu fora de território japonês.
O adolescente está em condição estável e se recupera atualmente em casa, disseram fontes médicas à emissora estatal "NHK".
No início de mês, o Ministério da Saúde japonês anunciou um reforço das medidas preventivas para evitar os contágios por zika em seu território, já que o mosquito-tigre, um dos vetores do vírus, pode se encontrar no país asiático.
No Japão já tinham sido detectados previamente três casos de zika, um casal diagnosticado com o vírus após retornar de Bora Bora (Polinésia Francesa) em 2013 e um homem após voltar da ilha tailandesa de Koh Samui.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 20 países e territórios, em sua maioria da América Latina, foram decretadas zonas de risco de contágio por zika, transmitido por mosquitos da espécie Aedes aegypti, transmissor também de dengue e chicungunha.
O zika costuma provocar febre, olhos vermelhos sem secreção e sem coceira, erupção cutânea com pontos brancos ou vermelhos e, em menor frequência, dor muscular e articular.