Dia Mundial da Diabetes: entenda a diferença entre o tipo 1 e tipo 2
A diabetes é uma condição de saúde que necessita de cuidados essenciais para frear sua progressão; entenda melhor
A diabetes é uma doença onde há um alto nível de glicose no sangue. Ela pode ser do tipo 1 ou 2, havendo várias diferenças entre eles, que afetam inclusive os sintomas e a forma de tratamento de cada um. Então, neste 14 de novembro, no Dia Mundial da Diabetes, que tal entender um pouco melhor sobre essa condição?
Segundo a nutróloga Dra. Fernanda Cortez, os principais sintomas da diabetes incluem fome frequente, muitas vezes ao dia. Além disso, os pacientes costumam sentir uma sede intensa, mesmo após beber água.
Alguns pacientes relatam urinar com frequência e percebem que a urina está mais doce, o que pode atrair formigas devido ao açúcar presente na urina. "Outros sintomas incluem formigamento nas mãos e nos pés, feridas que demoram para cicatrizar, visão turva ou embaçada, náusea, vômito e perda de peso", explica.
Diabetes tipo 1
Nesse caso, o paciente já nasce com a doença. Os portadores dessa versão da doença não produzem insulina, o que leva a um aumento das taxas de açúcar no sangue e aos sintomas característicos.
Isso ocorre porque o sistema imunológico do paciente ataca as células que produzem insulina, o principal hormônio envolvido no diabetes.
Diabetes tipo 2
Já na diabetes tipo 2, que ocorre geralmente em adultos e após os 40 anos, a condição está fortemente ligada a hábitos de vida, alimentação inadequada, sobrepeso e sedentarismo, apesar de também haver uma predisposição genética.
"Nesse tipo de diabetes, a progressão dos sintomas é mais lenta e pode levar a complicações tardias, como neuropatia diabética, problemas oftalmológicos, problemas renais e uma predisposição maior a feridas que demoram mais a cicatrizar", relata a profissional
Prevenção
No caso da diabetes tipo 2, é possível se prevenir por meio de hábitos saudáveis. Praticar atividade física regularmente, ter boas noites de sono e manter uma alimentação saudável, são muito importantes para evitar o surgimento.
Além disso, para quem já tem a condição, é fundamental fazer exames a cada três meses, sendo o teste de hemoglobina glicada um indicador importante da média de açúcar no sangue nos últimos três meses.
"Isso ajuda o paciente a entender se está controlando bem a condição, se a medicação está adequada ou se precisa de ajustes", explica Dra. Fernanda.
Já no caso da diabetes tipo 1, não é possível uma prevenção já que é uma doença que nasce com o portador. No entanto, esses pacientes ainda devem seguir hábitos saudáveis para impedir a progressão da doença.
Tratamentos dos tipos 1 e 2
De acordo com a nutróloga, o tratamento para diabetes tipo 1 consiste em administrar insulina, já que o paciente não a produz. Já no caso do tipo 2, isso depende do grau e do estágio da diabetes.
"Se você consegue tratar sem medicação, se está no início da condição, pode tentar adotar um estilo de vida saudável, melhorando os hábitos alimentares, reduzindo o consumo de açúcar e carboidratos, praticando atividade física. Entretanto, em alguns casos, é necessário iniciar a medicação desde o início, sendo a metformina uma das opções mais comuns no início do tratamento", explica.
A especialista ainda ressalta que é crucial descobrir a diabetes cedo, pois isso influenciará significativamente no tipo de tratamento.