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Dia Mundial do Sono: a causa para a sua insônia pode ser a enxaqueca

A enxaqueca e a insônia têm uma relação íntima, em que uma contribui para o agravamento da outra

15 mar 2024 - 10h00
(atualizado às 13h22)
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Na mesma medida em que é incapacitante, a enxaqueca também é bastante comum. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um bilhão de pessoas no mundo sofrem com a condição. Entre os vários sintomas que essa doença tão complexa  pode apresentar, a insônia é frequente. Por isso, vale a pena abordar o problema no Dia Mundial do Sono (15/03).

De acordo com a médica neurologista Dra. Thaís Villa, a insônia e a enxaqueca andam lado a lado. "A hiperexcitabilidade cerebral, que é a base do funcionamento do cérebro com enxaqueca, faz com que a pessoa não consiga 'desligar' sua mente para dormir. Ou ainda faz com que ela acorde no meio da noite, sempre com aquela aceleração de pensamentos que, mesmo ao despertar, não dá trégua e deixa a pessoa ainda mais exausta durante o dia. E, na hora de dormir, ela não consegue novamente pegar no sono", explica.

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Impactos da falta de sono

Vale destacar que a privação do sono tem impacto na saúde e no bem-estar das pessoas. Isso porque quem dorme mal tem mais propensão a desenvolver doenças cardiovasculares, obesidade, hipertensão, diabetes, Alzheimer ou doenças psiquiátricas.

Além disso, não dormir o necessário afeta o raciocínio, a concentração e a memorização das pessoas, que ficam mais suscetíveis a cometer lapsos como esquecimentos ou distrações.

No caso de pessoas que sofrem com enxaqueca, o prejuízo pode ser ainda maior. "Não dormir ou enfrentar noites mal dormidas pode acarretar prejuízos de memória, atenção, regulação do humor e do metabolismo, o que pode fazer a pessoa ganhar gordura ou ter dificuldades de perder peso mesmo se matando de malhar na academia", diz a neurologista. 

Buscando soluções para a enxaqueca

Felizmente, existe tratamento eficiente para a enxaqueca, destaca Thaís. A terapia deve cuidar do paciente como um ser único, com uma equipe de profissionais de diversas especialidades que vão orientar a utilização de medicamentos de ponta.

Métodos não medicamentosos também ajudam a evitar as crises, evitando agravar ainda mais os sintomas da enxaqueca ou trazer outras complicações. "A chave para o controle da enxaqueca é estabilizar o cérebro e ter a saúde plena de volta", enfatiza a neurologista.

O tratamento integrado consiste no cuidado do paciente de enxaqueca com acompanhamento de especialistas em saúde atuando em várias frentes: neurologista, ginecologista, nutricionista, dentista etc. 

Ela explica que a grande maioria que procura pelo seu atendimento são pessoas com dores de cabeça fora do controle, que já passaram por profissionais de diversas áreas, mas sempre de forma dissociada, com diagnósticos inadequados, tratamentos sintomáticos e sem respostas que acabaram levando esses pacientes a se sentirem desacreditados e a se "acostumarem" com a dor.

"A dor de cabeça não pode ser normalizada e a enxaqueca não pode ser banalizada, é uma doença crônica e extremamente debilitante com uma difícil jornada que precisa de atenção, atendimento integrado e tratamento eficiente para que o paciente possa viver com menos dor e muito mais qualidade de vida", completa Thaís Villa. 

Saúde em Dia
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