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Diabetes e saúde ocular: brasileiros desistem de tratamento

O Diabetes é uma doença silenciosa, que afeta a visão e pode levar a doenças graves como o edema macular diabético

30 mar 2025 - 11h41
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Problemas graves de visão afetam mais de 1,4 milhões de pessoas no Brasil. Porém, muitos desistem do tratamento de doença ocular grave

O diabetes é uma condição que afeta a saúde ocular e pode levar a doenças graves
O diabetes é uma condição que afeta a saúde ocular e pode levar a doenças graves
Foto: Saúde em Dia

O diabetes é uma doença silenciosa, crônica e sem cura, que se caracteriza por manter níveis elevados de açúcar no sangue. Atualmente, mais de 10% da população brasileira sofre com a doença, segundo o Vigitel, órgão que compõe o Sistema de Vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde.

As complicações do diabetes

São fatores de risco para o diabetes a obesidade, a hereditariedade, má alimentação, sedentarismo e pressão alta. Quem sofre da doença, pode ter como complicações doenças cardiovasculares, doença renal crônica, problemas de pele, deficiência auditiva, doença de Alzheimer, depressão e doença ocular, levando à perda de visão.

As principais perdas de visão

Uma pesquisa conduzida pela Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV/CPDOC), em parceria com a ONG Retina Brasil, associação de pessoas com doenças da retina, e apoio da Roche Farma Brasil, revela os principais desafios dos pacientes com condições que estão entre as principais causas de perda de visão entre pessoas acima de 55 anos: a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) do tipo úmida e o edema macular diabético (EMD).

Essas condições afetam cerca 1,4 milhões de pessoas no Brasil atualmente e, com o envelhecimento populacional e o crescimento de casos de diabetes no país, a previsão é de que esse número chegue a 1,7 milhão nos próximos cinco anos.

Cuidar é essencial!

Segundo o levantamento, quase um terço dos entrevistados revela que já desistiu do tratamento em algum momento, o que certamente pode acarretar em piora dos sintomas e na evolução clínica da doença, segundo a oftalmologista Patricia Kakizaki, especialista em Retina Clínica e Cirúrgica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). "A DMRI e o EMD são condições que afetam a área central da retina - a mácula, responsável pela nitidez da visão - e prejudicam atividades de rotina como dirigir, ler ou até fazer compras no supermercado. O tratamento pode exigir a aplicação de injeções intravítreas (dentro do olho) até uma vez por mês, representando um peso grande para os pacientes e familiares", explica a médica.

Doenças que levam à perda de visão

Quase metade dos pacientes (45%) declarou ter grave perda de visão no momento da entrevista, com impactos profundos no dia a dia. Ainda segundo a Dra. Kakizaki, o diagnóstico tardio e a falta de adesão ao tratamento são possíveis explicações para esse cenário. Mas segundo ela, a medicina tem procurado alternativas para melhorar a visão e a qualidade de vida desses pacientes.

"Hoje, estamos acompanhando o desenvolvimento de inovações capazes de impedir a progressão dessas doenças, estabilizando ou muitas vezes até melhorando a visão dos pacientes. Além disso, é possível proporcionar mais comodidade, diminuindo a frequência do tratamento e a necessidade de deslocamento até os consultórios e as clínicas", detalha a especialista.

Alto custo dificulta continuidade do tratamento

O estudo também aponta outros aspectos que foram afetados na vida dos pacientes, como condição financeira e saúde mental. Seis em cada 10 pacientes tiveram impactos financeiros, e quase metade (47%) declaram que têm, tiveram ou gostariam de ter apoio psicológico para lidar com a condição. Além disso, 72% dos pacientes convivem com outras doenças, como diabetes (que pode causar o EMD), hipertensão, condições renais, hipotireiodismo, artrose, entre outras

"A ciência investe em pesquisa para desenvolver soluções que melhorem a perspectiva para os cuidados e o controle das doenças da retina. Na mesma velocidade, mira na busca por uma melhor experiência para o paciente", afirma Michelle França, líder médica da Roche Farma Brasil.

"Almejamos um futuro no qual o controle e o convívio com condições oculares tenham o menor impacto possível na vida desses pacientes", conclui.

O levantamento ouviu 155 pessoas de todas as regiões do país. O objetivo era entender a percepção dos pacientes, o processo de reabilitação, a qualidade de vida e as principais mudanças que a condição causa. 65% dos entrevistados são mulheres, a maioria (59%) com 60 anos ou mais. Cerca de um terço dos pacientes estavam em tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no momento da entrevista.

Retina Brasil

Maria Antonieta Leopoldi, vice-presidente da Retina Brasil, afirma que a pesquisa trouxe muitas informações importantes. Segundo ela, o estudo aponta para a necessidade de melhorar o atendimento ao paciente que tem urgência.

Ela também destacou a importância de se combinar o tratamento da DMRI ou EMD com apoio psicológico. Essa é uma ação que contribui para a continuidade do tratamento e a estabilização da condição ocular. Muitos respondentes assinalaram o impacto que a pandemia do covid trouxe na suspensão do tratamento e na perda da visão.

Outros fatores que implicaram na suspensão do tratamento com injeções foram doenças graves, depressão e alto custo.

Saúde em Dia
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