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Dietas "milagrosas" da internet oferecem risco à saúde, alerta nutricionista

26 ago 2014 - 10h23
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Quem busca informações sobre alimentação na internet precisa ter cuidado, alerta a nutricionista Simone Rocha Santos, da Sm Nutrição e Fitness.

Segundo a profissional, dicas equivocadas podem provocar sérios danos à saúde.

"Nem tudo que ouvimos e lemos sobre alimentação está correto. Principalmente na internet, onde qualquer pessoa pode recomendar alimentos e criticar outros, sem embasamento cientifico", alerta.

"O ideal é sempre buscar fontes confiáveis, como sites de universidades, blogs de profissionais de saúde e associações científicas, e checar se a mesma informação aparece em duas ou três fontes diferentes", aconselha.

Para a nutricionista, a alimentação deve partir de uma escolha pessoal e não precisa ser radical.

"Defendo uma nutrição individualizada que procure estabelecer a dieta adequada ao perfil de cada um", afirma a nutricionista que ressalta que "podemos ser saudáveis comendo de tudo um pouco, de forma balanceada".

"Antes o produto milagroso era a semente de linhaça, depois foi a chia e hoje é o amaranto. Todos são importantes fontes de fibra, mas devem ser consumidos sem exagero e da forma correta", ressalta. "As pessoas devem ter mais senso crítico com o que leem sobre nutrição", completa Simone ao criticar a busca pelos alimentos da moda.

Para ela, a área da saúde mais influenciada pela disseminação de informações equivocadas é a nutrição.

"As pessoas pesquisam sobre doenças, mas precisam consultar um médico para ter um diagnóstico. Com a alimentação é diferente. A partir de uma leitura, muitos decidem mudar a dieta sem consultar um profissional".

Segundo Simone, recomendações nutricionais não são restritas a profissionais da área: "todo mundo acha que entende de alimentação. Depois de emagrecer com uma dieta, muito passam a 'ensinar' os outros. Isso é perigoso".

As redes sociais são a principal plataforma de divulgação destes ensinamentos, com pessoas conhecidas por divulgar seus estilos de vida e publicar diversas dicas de alimentação.

"O problema é que, apesar de terem milhares de seguidores, na maioria das vezes os autores não têm formação na área da nutrição e fazem recomendações sem o conhecimento completo sobre os alimentos", alerta Simone.

"Além disso, as blogueiras ganham notoriedade e se tornam mais influentes do que os profissionais capacitados para fazer recomendações nutricionais", completa.

E, quando alguém decide procurar um nutricionista, costuma chegar ao consultório com várias "receitas" aprendidas na internet, diz Simone.

"Se já não estão fazendo a dieta que aprenderam com a blogueira famosa, já compraram o que ela indicou e só perguntam se podem tomar".

EFE   
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