'Dieta do espartilho' reduz medidas, mas pode prejudicar organismo; entenda
A primeira coisa que Caroline Jones faz no dia, antes mesmo de tomar café da manhã, é respirar fundo e vestir um espartilho, o que já faz parte de sua rotina. Aos 54 anos, ela usa o acessório porque sabe que se, quando fizer a primeira refeição do dia, estiver "presa" pelas hastes de aço, irá se sentir saciada com mais facilidade. As informações são do Daily Mail.
Com o método, Caroline perdeu mais de 10 quilos e reduziu o manequim em dois números - antes de usar o espartilho, a cintura dela media 76 cm. E Caroline é apenas uma entre as milhares de mulheres no Reino Unido que recorreram ao item antiquado na tentativa de perder peso. Apelidada de “dieta do espartilho”, a mania vem de Hollywood: a Jessica Alba, por exemplo, usou o acessório após a gravidez e Gwyneth Paltrow é rondada por rumores de também ser adepta à prática.
O conceito corset foi iniciado pelo médico de Beverly Hills, o cirurgião plástico Alexander Sinclair. O profissional afirmou que alguns de seus pacientes perderam permanentemente seis polegadas de sua cintura vestindo o acessório, porque ele promove não apenas a movimentação das costelas, como também uma diminuição no apetite.
Médicos têm expressado preocupações sobre o impacto físico de corsets, com um aviso de que o uso a longo prazo pode prejudicar órgãos, pele e dificultar a respiração.O professor Pierre-Marc Bouloux, endocrinologista do Hospital Royal Free, em Londres, alertou sobre a mania: “usando corsets como um dispositivo restritivo significa que seu estômago não pode distender, o que pode dificultar o movimento respiratório. As pessoas obesas já têm diminuição da capacidade pulmonar, a aplicação de uma pressão adicional ao diafragma pode causar problemas respiratórios”, explicou. Já a nutricionista Priya Tew advertiu que, enquanto um espartilho pode ajudar com o controle da parcela de alimentos ingeridos, é essencial garantir que essas porções contenham os grupos alimentares certos.