Distúrbio raro faz menina de 11 anos passar dos 100 kg e ter fome o tempo todo
Pré-adolescente sofre com a Síndrome de Prader-Willi, que causa obesidade, deficiência intelectual e perda de estatura
Uma menina de 11 anos chegou a pesar cerca de 125 kg em decorrência de uma rara condição genética. A pré-adolescente Angel, que vive em Atlanta, na Geórgia (EUA), sofre com a Síndrome de Prader-Willi, que causa obesidade, deficiência intelectual e perda de estatura.
O distúrbio raro é provocado por uma alteração no cromossomo 15 — ele interfere nas funções normais de uma parte do cérebro, que libera hormônios para controlar sono, humor e fome, entre outras ações. Na prática: Angel se sente faminta o dia inteiro.
Segundo o portal britânico Daily Mail, a pré-adolescente costuma acordar com fome no meio da noite - a mãe dela, Sherafien McDaniel, diz que às 3h da madrugada é o "horário nobre" da filha. Frequentemente, a menina come até se sentir fisicamente mal.
Apetite acompanha crescimento
De acordo com a publicação, à medida que Angel cresce, seu apetite também aumenta, tanto que ela ganhou 30 kg só nos últimos 12 meses. Com isso, sua mãe criou uma conta no TikTok para falar sobre o assunto e passou a dar entrevistas.
Sherafien diz que sua intenção é disseminar informações e conhecimento sobre a síndrome, mas, em meio a isso, a mulher tem enfrentado críticas sobre a saúde da filha. "Ninguém pode cuidar de Angel melhor que eu. Eu sou a mãe dela. Eu nasci para cuidar da minha criança. Ela é minha filha", defende.
Efeitos da síndrome
A síndrome deixa sequelas na vida de seus portadores, como o maior risco de desenvolver doenças graves, cenário já conhecido pela pré-adolescente. Em junho, a garota teve uma grande erupção cutânea no corpo e foi diagnosticada com diabetes tipo 2.
Por causa disso, ela tem que tomar insulina antes de cada refeição. Além disso, Angel sofre com hipotireoidismo, o que faz seu metabolismo funcionar ainda mais lentamente, favorecendo o ganho de peso.
A síndrome não tem cura, mas pode ser tratada com supressores de apetite. Sherafien, no entanto, afirma que eles não funcionaram com Angel. Com isso, ela passou a pesquisar sobre terapia hormonal, porém, ouviu que o tratamento poderia gerar complicações, pois a menina tem apneia do sono.