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AVC e câncer: veja as doenças crônicas mais comuns no Brasil

Diabetes, asma e câncer também estão entre as principais doenças do País de acordo com o IBGE

27 mar 2015 - 17h02
(atualizado em 6/4/2015 às 12h43)
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Foto: iStock

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou em 2013 os resultados da primeira edição da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em convênio com o Ministério da Saúde. Nela foi analisada a percepção do estado de saúde e do estilo de vida da população brasileira. Outro foco do trabalho foram as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que constituem o problema de maior magnitude nessa área no País e respondem por mais de 70% das causas de morte no Brasil.     

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De acordo com o documento, elas têm forte ligação com fatores de risco, como o consumo abusivo de álcool, o excesso de peso, os níveis elevados de colesterol, o tabagismo, o baixo consumo de frutas e verduras e o sedentarismo, o que, inclusive, já foi demonstrado por diversos estudos científicos. E, por isso, o monitoramento desses itens é primordial para a definição de políticas de saúde voltadas para a prevenção desses males. Além disso, as suas páginas contaram com um levantamento das 11 principais DCNT, que têm respondido por um número elevado de falecimentos antes dos 70 anos de idade e a perda da qualidade de vida de muitas pessoas. Veja quais são:  

Hipertensão arterial

Conhecida também como pressão alta, ela á um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e é considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. A proporção de indivíduos maiores de 18 anos que relataram ter recebido esse diagnóstico durante a pesquisa foi de 21,4%, o que corresponde a 31,3 milhões de pessoas. 

Diabetes

Trata-se de um transtorno metabólico provocado por hiperglicemia, em outras palavras, o excesso de açúcar no sangue, que acontece quando a insulina, hormônio responsável pela entrada da glicose nas células, é insuficiente (diabetes do tipo 1) ou tem sua ação dificultada pelo excesso de peso (diabetes do tipo 2). A Pesquisa Nacional de saúde estimou que 6,2% da população acima de 18 anos de idade ou mais sofrem com o problema, o equivalente a 9,1 milhões de pessoas. 

Colesterol alto

Provocado principalmente por causa do consumo exagerado de gorduras, esse problema aumenta o risco do surgimento de doenças cardiovasculares. O levantamento apontou que 12,5% dos brasileiros maiores de idade, porcentagem que corresponde a 18,4 milhões de pessoas, já receberam o diagnóstico desse mal.  

Asma

Caracteriza-se por uma inflamação crônica que afeta as vias aéreas e compromete também os pulmões. Ela provoca falta de ar, tosse seca e sensação de pressão no peito e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, ocupa o primeiro lugar na prevalência das doenças respiratórias crônicas no mundo. No Brasil 4,4% das pessoas com 18 anos ou mais afirmaram sofrer com o mal (6,3 milhões), de acordo com o IBGE. 

Doenças cardiovasculares

Elas são a principal causa de morte no Brasil e, apesar da mortalidade provocada por elas ter diminuído nos últimos anos, esses problemas, que têm como principais fatores de risco o tabagismo, o sedentarismo e o consumo abusivo de álcool e de alimentos riscos em gorduras e calorias, ainda geram os maiores custos relacionados a internações hospitalares. Na pesquisa, 4,2% da população adulta, o que corresponde a 6,1 milhões de pessoas, já haviam recebido esse diagnóstico.

Acidente vascular cerebral

Essa é uma das principais causas de mortes e incapacidade no mundo e é caracterizado por um entupimento ou rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, provocando dor de cabeça, perda de visão, instabilidade e paralisia, entre outros sintomas. De acordo com o levantamento feito pelo IBGE, 1,5% dos brasileiros maiores de idade, o que corresponde a 2,2 milhões de pessoas, referiu diagnóstico desse problema, que também é conhecido como AVC e derrame. 

Problemas crônicos de coluna

As dores e os problemas muscoesqueléticos, tendo como foco mais comum a região lombar, acometem uma grande parcela da população e provocam um forte impacto econômico e na qualidade de vida dos pacientes. Aproximadamente 27 milhões de pessoas com 18 anos ou mais (18,5%) contaram que sofrem com esse tipo de quadro durante a pesquisa. 

Distúrbios Osteomoleculares relacionados ao trabalho 

Conhecidos como DORT, eles são caracterizados como quadros dolorosos e prejudiciais causados pelo uso excessivo de alguma parte do sistema musculoesquelético, geralmente resultante de atividades ligadas ao trabalho. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 2,4% dos brasileiros (3,5 milhões) maiores de idade relataram já ter recebido um diagnóstico desse problema. 

Depressão

É um distúrbio afetivo que tem como principal sintoma a tristeza profunda e prolongada, muitas vezes sem causa aparente. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a depressão é o principal item na carga global de doenças do mundo. Por aqui a estimativa é que ela acometa 7,6% das pessoas com 18 anos ou mais, o que representa 11,2 milhões. 

Insuficiência renal crônica

Uma pessoa recebe esse diagnóstico quando sofre uma lesão nos rins ou uma redução na função desses órgãos por três meses ou mais, independente de qual tenha sido a causa do quadro. Cerca de 1,4% (2,05 milhões) dos brasileiros maiores de idade reportaram essa doença, que pode envolver dieta, medicamentos e hemodiálise no seu tratamento, durante o levantamento.  

Câncer

Esse é o nome dado para um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e os órgãos. Como se dividem rapidamente, elas tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, provocando problemas em várias partes do corpo e levando a formação de tumores malignos que podem ainda se espalhar por outras regiões do organismo. A estimativa da pesquisa é que 1,4% (2,7 milhões) dos brasileiros adultos já tenham ouvido esse diagnóstico. 

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Fonte: Especial para Terra
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