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Câncer em famosos leva mais pessoas a tentar parar de fumar

Parceria entre universidades dos EUA concluiu que 1,1 milhão de brasileiros deixou de fumar no mês seguinte ao diagnóstico de Lula

12 dez 2013 - 11h24
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<p>Ex-fumante, Lula foi diagnosticado um tumor maligno na laringe em outubro de 2011</p>
Ex-fumante, Lula foi diagnosticado um tumor maligno na laringe em outubro de 2011
Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação

No último ano, pesquisadores do Legacy Research Institute entrevistaram por email 1.500 americanos fumantes com mais de 18 anos e que haviam consumido mais de 100 cigarros em sua vida. Eles divulgaram que 34% deles planejavam largar o vício em 2013. No entanto, esta é uma promessa feita por milhões de fumantes, mas apenas 40% delas realmente conseguem parar de fumar. As informações são do site All Voices.

Por isso, um estudo descobriu uma maneira de divulgar informações e aumentar este número ao usar casos de famosos diagnosticados com câncer. Uma parceria entre estudiosos das universidades de San Diego, da Carolina do Norte e da Johns Hopkins, levantou o impacto que a doença de uma pessoa famosa causa na sociedade.

O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva foi o objeto do estudo. Foram reunidas notícias e pesquisas diárias disponíveis sobre métodos para parar de fumar e também consultas no Google sobre o assunto. O levantamento comparou o número das pesquisas em momentos normais e quando Lula foi diagnosticado com cancêr de laringe, em outubro de 2011.

A análise mostrou que a cobertura da mídia sobre métodos para parar de fumar aumentou 163% na semana seguinte ao anúncio da descoberta da doença do ex-presidente, mas voltaram ao nível normal na segunda semana. A procura pelo assunto em sites de busca também aumentou 67% nos dias seguintes à descoberta de Lula, 153% na segunda semana, 130% na terceira e 74% na quarta.

"O diagnóstico do câncer anunciado de Lula, apesar de trágico, era potencialmente o maior evento que promoveu o aumento das pessoas que deixariam de fumar na história do Brasil", afirma John W. Ayres, professor responsável pela pesquisa. O número de ex-fumantes saltou para 1,1 milhão de pessoas além do esperado no mês seguinte ao anúncio da doença de Lula no País.

"O interessante é que as pesquisas no Google mostraram que a procura pelo assunto foi maior devido ao apelo do presidente do que em eventos específicos, como o Dia Mundial Sem Tabaco, por exemplo", explicou o especialista. Com a doença, Lula aprovou uma série de medidas que ajudam as pessoas a se livrarem do vício e dificultam a manutenção dele. Segundo a pesquisa, isso tornou o Brasil o país mais livre de tabaco do mundo.

Com os resultados em mãos, os especialistas procuram maneiras de maximizar ainda mais estes diagnósticos para divulgar informações sobre os malefícios do cigarro e sobre a prevenção do câncer de garganta, pulmão, estômago e mama.

"Quando estes eventos acontecem, as pessoas se tornam mais receptivas às informações sobre a prevenção do câncer do que em qualquer outro momento, por isso as oportunidades devem ser melhor exploradas", afirma Dr. Ayers.

Fonte: Terra
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