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Casal pode trocar 80 milhões de bactérias durante beijo

Pesquisa holandesa diz que beijar ajuda casais a fortalecerem os sistemas imunológicos juntos e combaterem mesmas doenças de forma mais eficaz

17 nov 2014 - 11h13
(atualizado às 11h53)
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Foto: Reprodução

Que ao beijar duas pessoas trocam saliva e obviamente bactérias, isso todo mundo sabe. Mas o que os cientistas acabaram de descobrir é que isso, além de bom, faz muito bem para a saúde! Uma pesquisa holandesa concluiu que durante um beijo de dez segundos são trocadas 80 milhões de bactérias que, no fim das contas, ajudam a melhorar o sistema imunológico do organismo e combater doenças. 

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Como? Estes germes ingeridos de outras pessoas ajudam o corpo a se preparar e lutar de forma mais eficiente contra doenças futuras. Isso porque os humanos têm trilhões de bactérias no corpo que juntas compõem a microbiota, conjunto fundamental que mantém em bom funcionamento os sistemas digestivo e imunológico. Após analisarem 21 casais se beijando, concluíram que o ato é uma forma evolutiva de justamente trocar esta microbiota e garantir uma cumplicidade no combate às infecções.

"Beijar intimamente com contato de língua e saliva é um comportamento comum em quase 90% das culturas conhecidas. A explicação para isso existir inclui essa troca de bactérias que existem na cavidade oral", explica Remco Kurt, responsável pelo Netherlands Organisation for Applied Scientific Research.

Segundo ele, quanto mais um casal se beija mais ele troca bactérias e, consequentemente, altera a sua microbiota, dando origem à um conjunto mais parecido possível com o do parceiro. Isso significa que pessoas que se beijam ao menos nove vezes por dia têm caracterísicas similares nessa região e estão igualmente preparadas para digerir os mesmos alimentos e combater as mesmas doenças.

Os cientistas explicam ainda que estes resultados vêm justamente provar que o excesso de preocupação com higiene da sociedade moderna é que causou um enorme crescimento de alergias e problemas de saúde. O excesso de casos de asma, por exemplo, muito se deve à exposição insuficiente aos germes que muita gente vive no dia a dia.

O professor Graham Rook, imunologista da Universidade de Londres, vai além nesta causa e afirma que as pessoas deviam eventualmente comer alimentos que caíram do chão, ter um cachorro e beijar os pais como algumas das formas mais eficientes de evitar as alergias. Ele diz que o corpo vive em "constante sistema de alerta" justamente porque não está acostumado a viver bem com germes. "Quando o corpo não exige que o sistema imunológico seja usado, ele é desligado completamente".

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Fonte: Terra
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