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China pode ter o maior número de casos de Alzheimer do mundo

7 jun 2013 - 12h03
(atualizado às 12h06)
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<p>Segundo pesquisa, as mulheres lideram os casos de demência e Alzheimer na China</p>
Segundo pesquisa, as mulheres lideram os casos de demência e Alzheimer na China
Foto: Getty Images

Um novo estudo da Universidade de Edimburgo, na Escócia, mostra que existe um número muito maior de pessoas com demência e Alzheimer na China do que se calculava. Segundo a pesquisa, 9,19 milhões de pessoas foram diagnosticadas com demência em 2010 contra 3,68 milhões em 1990. Outro número especifica também que 5,69 milhões de habitantes do país oriental apresentavam Mal de Alzheimer em 2010, comparados com 1,93 milhões em 1990. Com este resultado, a pesquisa concluiu que a China é o país do mundo que mais tem pessoas com Alzheimer do mundo. 

Outra conclusão muito importante é que o peso das doenças mentais são subestimados na região, parte devido à falta de material disponível para pesquisa. Estudiosos avaliam que com esta nova persppectiva, a doença precisará ser revisada mundialmente já que 5 milhões de pessoas disgnosticadas com Alzheimer, quase 20% do total em todos os continentes, eram desconhecidas.

Para o co-autor do estudo, Dr. Kit Yee Chan, e os professores envolvidos Harry Campbell e Igor Rudan, desconhecer estes números tem um grande impacto na economia e socidade chinesas. "Das muitas doenças não transmissíveis que necessitam de atenção especial, a demência é uma das que tem maior efeito econômico e social em um país. Por isso, este grande número de casos de Alzheimer e demência na China representa  um enorme desafio para os sistemas de cuidados e tratamentos de saúde acessíveis", explica Dr. Chan.

Os resultados mostraram que tanto nos casos de demência como de Alzheimer, prevalecem nas mulheres ao invés dos homens, o que é ainda mais preocupante já que na China o sexo feminino tem uma longa expectativa de vida e elas são mais que 75% da população acima de 85 anos. Movimentos sociais internos, como mudança demográfica e migração do campo para a cidade em larga escala podem ter colaborado para o aumento dos números, já que um grande quantidade de idosas ficaram vivendo sozinhas na zona rural. Apesar das diferenças de sexo, não foram observadas disparidades entre a população rural e a urbana em relação às doenças.

De acordo com os pesquisadores, o estudo merece atenção porque na China, tanto por parte do governo como da mídia, se dá pouca atenção para as doenças que não têm altas taxas de letalidade, como câncer e doenças cardiovasculares. Além disso, há pouco conhecimento sobre a demência e, mesmo no sistema de saúde, é escasso o treinamento para tratar o problema.

"É improvável que a resposta dos serviços de saúde seja suficiente, por isso é necessária uma ação social mais ampla e soluções inovadoras. Recursos devem ser oferecidos a nível nacional, local, familiar e individual, além de campanhas de conscientização pública para desmistificar a doença, já que grande parte da população chinesa acredita que a demência faz parte do processo natural de envelhecimento e que nada pode ser feito para ter uma melhora", destaca o Dr. chan, da Edith Cowan University, da Austrália, e Capital Medical University, da China.

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Fonte: Terra
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