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Cientistas desenvolvem pulseira que mede colesterol

Atualmente, os triglicerídeos e o colesterol são detectados em testes de laboratório mediante a extração de uma amostra de sangue e seus resultados levam certo tempo

11 ago 2014 - 10h11
(atualizado às 10h59)
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Foto: Getty Images

Cientistas mexicanos estão desenvolvendo um relógio-pulseira que mede em tempo real a concentração de colesterol e triglicerídeos a partir da viscosidade do sangue, a invenção ideal para os hipocondríacos, mas também um alerta permanente sobre a importância de se levar uma vida saudável.

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O mecanismo, que está em sua fase de protótipo no Instituto de Pesquisas em Materiais (IIM) da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), facilitará o trabalho de médicos e o cuidado dos pacientes.

"A ideia é ter um dispositivo, como um relógio, que seja capaz de medir a pressão. Com este método não é necessário extrair o líquido (sangue) para obter os dados, o que representa uma grande vantagem", mas também o colesterol e os triglicerídeos, explicou Leonardo Moreno Morales, integrante do doutorado em Ciências e Engenharia de Materiais, em comunicado divulgado pela universidade.

Os pesquisadores não buscam "criar uma pulseira do zero", já que algumas questões tecnológicas, eletrônicas, instrumentais estão fora de seu campo de conhecimento. A ideia é utilizar relógios inteligentes com sensores médicos que já existem no mercado para concretizar as medições.

No México, os altos níveis de colesterol e de triglicerídeos, provocados por excesso de peso e uma dieta com alto consumo de gorduras, afetam uma boa parte da população, fazendo com que os mexicanos ocupem o segundo lugar em obesidade em nível mundial.

Atualmente, os triglicerídeos e o colesterol são detectados em testes de laboratório mediante a extração de uma amostra de sangue e seus resultados levam certo tempo. Com a pulseira eles podem ser obtidos em tempo real e sem extrair o fluido.

"Este conhecimento foi aplicado a polímeros fundidos e alimentos, entre outros. O grupo decidiu aplicá-lo em sangue humano, composto de células e uma fração líquida que contém diferentes concentrações de colesterol, triglicerídeos e proteínas", explicou Moreno.

A quantidade de biomoléculas afeta a viscosidade do sangue, o que já é conhecido, mas nunca se quantificou nem o moldou na forma reológica. Para os primeiros testes, os pesquisadores contaram com 300 amostras de sangue fornecidas pelo Instituto Nacional de Cardiologia, na Cidade do México, junto com as características bioquímicas para relacioná-las com as reológicas.

A partir dessa etapa, começaram as interpretações do efeito que tem o colesterol e os triglicerídeos sobre a viscosidade do sangue, para o qual analisaram parâmetros de estruturação e, dessa forma, com apenas uma medição de pressão, pretendem estimar essa propriedade do fluido.

Os componentes do sangue são, por um lado, uma fração sólida, hematócrita, que incluem eritrócitos, leucócitos e plaquetas, e outra líquida, composta por água, sais, proteínas e lipídios plasmáticos.

Na pesquisa, os universitários enfrentaram como principal dificuldade um processo típico do sangue, a coagulação, obstáculo que não foi suficiente para interromper os trabalhos, que pretendem concluir, mediante uma só medida, estimar a viscosidade associada no sangue, assim como a concentração de colesterol e triglicerídeos.

O México é o segundo país com o maior número de adultos com obesidade, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo um estudo Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), o país é o primeiro em sobrepeso infantil.

Dados da Secretaria de Saúde mexicana apontam a que sete de cada dez adultos sofrem esse problema no país, enquanto a proporção é superior a 30% no grupo de idade de 12 a 19 anos, e de 29% nas crianças com idades entre cinco e 11 anos.

Por esta razão, as autoridades sanitárias nacionais proibiram em julho a publicidade de refrigerantes e comida que não cumpram com requisitos de qualidade nutricional durante a faixa de horário destinada a crianças na TV e nos cinemas.

EFE   
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