Cigarros eletrônicos fortalecem superbactéria, diz estudo
A fumaça liberada pelo dispositivo deixa a MRSA mais resistente a antibióticos
Um estudo feito pela Universidade da Califórnia mostrou que o consumo de cigarros eletrônicos fazem com que a superbactéria MRSA seja mais perigosa e difícil de tratar. A fumaça do cigarro eletrônico também enfraquece a capacidade do corpo de lutar contra outras bactérias. “Mesmo que os cigarros eletrônicos não sejam tão ruins como o tabaco, ainda têm efeitos prejudiciais sobre a saúde”, afirmou a pesquisadora Laura Crotty. As informações são do Daily Mail.
No estudo, pesquisadores americanos analisaram o que acontece com a superbactéria MRSA quando exposta ao vapor do cigarro eletrônico. Os testes foram feitos em laboratório, mas a exposição acontece na vida real, porque muitas vezes há a presença de MRSA na garganta e nariz pronta para atacar. O resultado foi que a MRSA fica mais poderosa e difícil de matar com antibióticos do que o habitual ao entrar em contato com a fumaça do dispositivo.
Os cigarros eletrônicos são vistos como alternativa ao convencional por serem livres de tabaco e outras substâncias químicas que fazem cigarros normais tão mortais. Eles contêm nicotina e por isso auxiliam pessoas que estão tentando parar de fumar. A popularidade dos cigarros eletrônicos triplicou em apenas oito anos: mais de dois milhões de britânicos usam o dispositivo atualmente.
Há uma preocupação crescente sobre o incentivo a jovens começarem a fumar e, uma vez viciados na nicotina, passarem para os cigarros convencionais. Os aromas utilizados podem torná-lo atraente para crianças. “Estamos normalizando os cigarros eletrônicos. No momento, não sabemos sobre a segurança ou dose de nicotina que liberam”, afirmou o medico-chefe Dame Sally Davies.
Segundo Davies, muitos dos dispositivos são feitos em outros países, como a China, o que dificulta o controle. Além disso, segundo ele, o cigarro eletrônico faz com que o fumo pareça uma atividade normal.