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Com 26 kg, mulher tem síndrome que a impede de engordar

A norte-americana Lizzie Velasques é obrigada a comer até 60 pequenas refeições ao longo do dia

10 nov 2013 - 11h58
(atualizado às 11h58)
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Foto: Reprodução

Com 26 kg distribuídos em pouco mais de 1,50 m, a norte-americana Lizzie Velasques, de 24 anos, parece sofrer um distúrbio alimentar à primeira vista. Mas há outra razão para que ela seja tão magra: uma síndrome rara que afeta apenas outras duas pessoas no mundo. Por mais que ela tente, é impossível ganhar peso e, como resultado, ela é obrigada  a comer até 60 pequenas refeições ao longo do dia. As informações são do Daily Mail.

Apesar dos desafios, ela garante que não mudaria nada no próprio corpo e dá 200 palestras motivacionais anti-bullying por ano. Lizzy conta que já foi alvo de comentários cruéis na escola, principalmente pelos meninos, e que não tem a “menor intenção de se encaixar nos padrões”.

Como se não bastasse a época conturbada na escola, ela ficou assustada quando, depois de uma entrevista sobre sua condição em um programa de televisão, foi chamada pela reportagem de “mulher mais feia do mundo”. "Senti como se alguém estivesse colocando a mão através da e me socando muito. Havia milhares e milhares de comentários. O primeiro dizia: "você é nojenta.". O segundo, "eww. Queimem ela agora". Outros perguntaram por que meus pais não me abortaram, já que eu sou tão feia. Você consegue imaginar isso?”, relembra.

De acordo com o médico de Lizzie, Abhimanyu Gargm, ela é uma das poucas pessoas do mundo com essa condição. "[Os pacientes] têm pouca massa muscular, seus membros parecem muito finos e essas pessoas, morrem muito cedo. Crianças com essas condições tiveram experiências muito diferentes, mas Lizzie já tem 24 agora e está superando as expectativas”.

Por conta da doença, Lizzie perdeu a visão no olho direito. Ainda assim, nada a impediu de escrever dois livros. "Meus pais me criaram para ser completamente normal. Eles nunca me disseram que eu era diferente. A única coisa é que eu era menor do que as outras crianças, mas eu era como eles. Quando fiquei mais velha, eu me tornei mais consciente de que as pessoas estavam olhando para mim e comecei a ficar com muita raiva. Eu odiava o fato de que nenhuma dessas crianças queriam me conhecer”, contou. 

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Fonte: Terra
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