Conheça histórias de tetraplégicos que reaprenderam a viver

A ginasta brasileira Laís Souza, 25 anos, recebeu convite para treinar esqui aéreo e participar da Olimpíada de Inverno na Rússia. No entanto, após sete meses de treinamento, ela se acidentou. Laís colidiu com uma árvore e fraturou a vértebra C3

A atleta está internada e os médicos ainda não confirmaram quais serão as consequências da lesão

Laís havia conseguido uma vaga para disputar a modalidade na Rússia e semanas antes do início dos jogos ela sofreu o acidente

Lígia Fonseca, 29 anos, era ginasta e sofreu uma queda durante treinamento para uma competição de ginástica artística, em 2002. Ela fraturou a vértebra C1 e surpreendeu os médicos por ter sobrevivido. Lígia usa um marca-passo no diafragma para respirar e não tem movimento ou sensibilidade abaixo do pescoço

Ela começou a pintar com a boca para ganhar independência e se recuperar do trauma psicológico de perder os movimentos

Quadro pintado por Lígia Fonseca

Aline Fabiane de Oliveira, 28 anos, não sofreu queda ou acidente. Ela teve um tumor na coluna cervical entre as vértebras C1 e C6. Com a evolução do tumor, Aline começou a ter déficit motor e foi encaminhada para uma cirurgia. Na operação, ocorreu a lesão medular e ela perdeu todos os movimentos abaixo do pescoço. Com fisioterapia, ganhou um pouco de movimentação no braço esquerdo

Denise Ferreira, 30 anos, sofreu acidente de carro em 2001, e lesionou as vértebras C6 e C7. Ela perdeu todos os movimentos e até o equilíbrio. Com terapia, aos poucos, Denise começou a conseguir ficar sentada sozinha e a movimentar os braços. Atualmente, ela é empresária e dona do blog de moda Vou de Saia

O português Eduardo Jorge perdeu o controle do veículo que estava dirigindo e, como estava sem cinto, foi arremessado do carro. Ele fraturou as vértebras C5, C6 e C7, e foi diagnosticado com "tetraplegia traumática completa". Com tratamento, Eduardo conseguiu algum movimento nos braços

Mara Gabrilli, 45 anos, sofreu acidente de carro em 1994 e fraturou as vértebras C3 e C4. Ela passou por diversos tratamentos no Brasil e em outros países, mas não conseguiu retomar sensibilidade ou movimentos abaixo do pescoço

Mesmo com as limitações, Mara entrou na carreira política, se elegeu vereadora e hoje ela é deputada federal. Mara usa uma cadeira especial que a coloca em pé e um sistema de votação por leitura facial na Câmara dos Deputados

Marcelo da Cunha, 44 anos, fraturou as vértebras C5 e C6 ao saltar de uma cachoeira no Rio de Janeiro, aos 21 anos. Ele era designer gráfico e, com tratamento, conseguiu de volta o movimento dos braços, mas não das mãos. Marcelo começou a pintar quadros com a boca

Atualmente, Marcelo é membro da Associação dos Pintores com a Boca e os Pés 

Ele faz diversos quadros e participa de exposições

Segundo Marcelo, os bolsistas da associação recebem ajuda financeira mensal para produzirem arte

Quadro feito por Marcelo da Cunha

Messias Fernandes de Oliveira, 32 anos, fraturou as vértebras C3, C4, C5 e C6 durante um salto para mergulho. Ele passou seis meses aguardando cirurgia, mas após a operação o quadro dele melhorou significativamente. Messias conseguiu ao longo dos anos recuperar movimento nos braços e voltar a caminhar