Conjuntivite pode deixar sequelas permanentes; saiba evitar e tratar corretamente
Oftalmologista esclarece as principais dúvidas sobre o problema e ressalta os riscos da automedicação
A conjuntivite, aquela infecção que acontece nos olhos, caracterizada por vermelhidão, ardência e coceira, muitas vezes, é tida como algo banal e passageiro. De fato, não existem motivos para se desesperar quando houver algo do tipo. No entanto, negligenciar cuidados com o problema e esperar ele se curar sozinho, pode ser perigoso.
Segundo o oftalmologista, Dr. Gustavo Ludwig, a conjuntivite é a inflamação conjuntiva de uma membrana que recobre a esclera - parte branca do olho. Ela, na maioria das vezes, ocorre por contaminações relacionadas à algum vírus. Mas, também pode ser alérgica ou bacteriana (versão mais grave do problema).
"Associamos a conjuntivite sempre a uma origem viral, pelo fato de ser altamente contagiosa e ser a origem de surtos. Por isso, mais conhecida. Porém, existem outras causas, como a bacteriana, muito mais agressiva e felizmente mais rara. E a alérgica, que é extremamente comum e está relacionada a exposição a substâncias irritantes, os alérgenos", explica o médico do Grupo Conexa.
Os principais sintomas da conjuntivite são conhecidos por uma grande parcela de pessoas. Já que, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), existe uma estimativa de que 35% dos brasileiros já tiveram algum problema do tipo, pelo menos uma vez na vida.
"A vermelhidão ocular é apenas um dos sintomas da conjuntivite, ela pode se apresentar também com lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, inchaço das pálpebras, secreção, coceira, sensibilidade aumentada a luz e baixa de visão", esclarece o Dr. Gustavo.
Prevenção
Apesar de ser uma infecção comum, que pode acometer qualquer pessoa, independente idade, existem algumas maneiras eficientes de evitar o contágio. Confira as medidas de segurança que o Dr. Gustavo elencou:
- Sempre higienizar corretamente as mãos, uma vez que estas são um grande meio de transmissão;
- Não coçar os olhos;
- Não compartilhar toalhas, fronhas e outros produtos com alguém que esteja com quadro ativo de conjuntivite;
- Caso seja de origem alérgica, identificar o alérgeno e evitar o contato com ele;
- E mais importante, não se automedicar, sempre procurar um médico oftalmologista para a avaliação da inflamação ocular
Tratamento para a conjuntivite
De acordo com o Dr. Gustavo, o tratamento da conjuntivite costuma variar de acordo com a sua causa e origem. Por isso, a atitude mais correta é procurar auxílio médio, para receber uma avaliação e um diagnóstico correto. No entanto, também existem algumas maneiras de aliviar os sintomas.
"Colírios específicos, compressas geladas e cuidados de higiene são as linhas gerais de tratamento. Se a conjuntivite não for tratada adequadamente ela, com certeza, pode deixar sequelas oculares definitivas, que afetam a qualidade de visão do paciente", alerta o oftalmologista.
Por fim, vale ressaltar os riscos que a falta de tratamento e a automedicação podem causar. Além de complicações clínicas, também pode provocar um surto entre pessoas próximas. "Existem uma série de outras doenças oculares que podem ser parecidas com uma conjuntivite", finaliza o Dr. Gustavo.