Estudo comprova que estresse prejudica espermatozóides
Pesquisa da Columbia University conclui que estresse reduz taxas de testosterona, comprometendo a fertilidade masculina
O estresse pode afetar negativamente os espermatozóides, de acordo com um estudo da Columbia University publicado na revista Fertility and Sterility. Os pesquisadores mostram que há uma relação entre os homens que experimentam entre um ou dois eventos traumáticos ao ano e a contagem, formato e concentração dos espermatozóides.
"Homens estressados têm mais tendência a apresentar baixa concentração na ejaculação, além dos espermatozóides poderem ser disformes e terem a mobilidade comprometida", explica o responsável pelo estudo, Dr. Pam Factor-Litcak. E completou: "estes déficits estão diretamente ligados a problemas de fertilidade".
Os especialistas analisaram amostras de espermas de 193 homens com idade entre 38 e 49 anos, que responderam ainda questões relativas ao estresse objetivo, tratado como os episódios traumáticos, e subjetivo, sobre como se sentem em relação à vida e ao trabalho.
Apesar de não interferir diretamente na saúde do espermatozóide, eles descobriram que o estresse é o responsável por reduzir as taxas de testosterona e glicocorticóides, hormônios importantes neste processo.
Além disso, estudos anteriores mostram que consumir carne processada em exagero, assistir TV mais de 20 horas por semana, estar acima de peso e contato com o BPA, um composto usado na fabricação do plástico, também alteram a contagem e saúde dos espermatozóides.