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Estudo: estar 2 kg acima do peso pode aumentar o risco de doenças cardíacas

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<p>Sobrepeso é fator de risco para doenças cardiacas e diabetes</p>
Sobrepeso é fator de risco para doenças cardiacas e diabetes
Foto: Getty Images

Estar apenas 2 kg acima do peso ideal já pode aumentar o risco de doenças cardíacos em até 20%, segundo nova pesquisa. Além disso, o estudo também aponta que o excesso de gordura também pode influenciar no desenvolvimento de diabetes. Segundo o jornal Daily Mail, o aumento de apenas uma unidade de IMC (índice de massa corporal), o equivalente a 2 a 6 kg, dependendo da altura da pessoa, alterou em um quinto a probabilidade de desenvolver insuficiência cardíaca.

Enquanto isso, a obesidade também foi apontada como fator decisivo para níveis mais altos de insulina, aumento de pressão arterial, colesterol, inflamações e diabetes. "Esse conhecimento é importante, pois reforça evidências de que fortes medidas sociais precisam ser tomadas para combater a epidemia da obesidade e suas consequências”, disse o professor Erik Ingelsson, da Universidade Uppsala.

A equipe de pesquisadores utilizou um novo método para investigar a relação entre peso e doenças cardiovasculares. O estudo, publicado no jornal PLOS Medicine, foi uma tentativa de determinar se a obesidade, como tal, é a causa real ou um sinal de outro fator de estilo de vida que provoca essas doenças.

"Nós já sabíamos que obesidade e doença cardiovascular frequentemente ocorrem juntas. No entanto, tem sido difícil de determinar se o aumento do IMC por si só é perigoso. Nesse estudo, descobrimos que indivíduos com variantes genéticas que levam ao aumento do índice de massa corporal (IMC) também tiveram um risco aumentado de insuficiência cardíaca e diabetes. O risco de desenvolver diabetes foi maior do que se pensava anteriormente", disse Tove Fall, que também integra a equipe.

Os investigadores analisaram se uma mutação no gene FTO, que regula o apetite e aumenta o IMC de um indivíduo, também estaria associado a uma série de doenças cardiovasculares e do metabolismo. Esse fator de risco é comum na população e gera um aumento entre 0,3 e 0,4 pontos no IMC.

A pesquisa analisou mais de 200 mil indivíduos na Europa e Austrália. "Os estudos epidemiológicos procuram associações em grandes populações, mas geralmente é difícil determinar causa e efeito - o que chamamos de causalidade. Ao utilizar esse novo método genético em nossa pesquisa, podemos agora confirmar o que muitas pessoas têm acreditado por muito tempo, que o aumento do IMC contribui para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca. Descobrimos também que estar acima do peso aumenta causas das enzimas hepáticas. Isto pode levar à doença hepática", contou Erik.

Fonte: Terra
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