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Ministério da Saúde não vê risco de epidemias durante a Copa

Em entrevista exclusiva ao Terra, Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, falou sobre os preparativos para receber cerca de 600 mil turistas

5 mai 2014 - 15h49
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Frescor proporcionado pelo ar-condicionado tende a ressecar a mucosa do nariz, permitindo que o vírus da gripe tenha uma maior chance de se estabelecer no organismo
Frescor proporcionado pelo ar-condicionado tende a ressecar a mucosa do nariz, permitindo que o vírus da gripe tenha uma maior chance de se estabelecer no organismo
Foto: Shutterstock

O Ministério da Saúde não vê riscos da chegada de novas doenças e epidemias com o fluxo de turistas que deve aportar no Brasil durante a Copa do Mundo. A expectativa é receber 600 mil pessoas. “A grande maioria vem dos Estados Unidos e da América Latina, países com o perfil epidemiológico muito parecido com o nosso”, disse Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, ao Terra.

Os turistas devem, porém, ficar atentos a vacinas. Segundo ele, quem vem da Europa deve tomar vacina contra sarampo, apesar de o risco ser igual tanto na Copa quanto no Carnaval. Para as regiões Centro-Oeste e Norte, é preciso tomar a vacina contra febre amarela duas semanas antes da viagem. O conselho se aplica também a brasileiros de outras regiões que pretendem fazer turismo nas matas e áreas silvestres. Barbosa anunciou também a criação de um aplicativo para smartphone tanto para passar informação quanto para comunicar possíveis doenças. Confira entrevista exclusiva do secretário ao Terra.

Terra - Com o aumento de estrangeiros no Brasil durante a Copa, é possível a chegada de novas doenças ou epidemias?

JB - 

Não há expectativas de riscos diferentes dos que temos todos os dias. O Brasil, a cada ano, tem 9 milhões de viagens internacionais, brasileiros que vão e voltam e estrangeiros que vêm para cá. Na Copa, a expectativa é de receber 600 mil pessoas. A grande maioria vem dos Estados Unidos e da América Latina, países com perfil epidemiológico muito parecido com o nosso.

T- E quanto ao vírus chikungunya?

JB - 

Não, estamos em processo de preparação desde 2011. Reforçamos essa preparação no ano passado, devido aos casos no Caribe francês. Na Copa, a grande maioria dos turistas é dos Estados Unidos e da América Latina, e, portanto, não há expectativa que venha para o Brasil.

T - Os brasileiros precisam de alguma preparação especial para a Copa?

JB - 

Os brasileiros não precisam de preparação especial com a saúde em relação à Copa. O Brasil já recebe muitos turistas.

T – E a dengue, pode trazer problemas durante a Copa?

Em relação à dengue, a expectativa é de não ter problemas, já que nesse período a transmissão é baixa. A maioria dos casos ocorre de janeiro a maio. Esse ano de 2014 é um ano de transmissão baixa comparado com 2013, teve redução de 71% de casos em relação ao ano passado. O pico da dengue ocorreu nas duas semanas que passaram, agora a tendência é queda de transmissão.

T - Quais cuidados os turistas estrangeiros devem ter para vir ao Brasil?

JB - 

O Ministério da Saúde tem procurado divulgar para os turistas que vêm para o Brasil sobre a diversidade do País. Em junho e julho é inverno e, para quem vai para o Sul do País, com cidades de inverno bem marcado, se for idoso ou doente crônico, seria recomendável tomar vacina de 

Influenza

 do Hemisfério Sul, mesmo que provavelmente tenha tomado a do Hemisfério Norte. Por outro lado, para quem vai pra Norte ou Centro-Oeste e pensa em fazer turismo em matas, cachoeiras e áreas silvestres, é importante tomar vacina contra febre amarela pelo menos duas semanas antes de vir para cá. Isto se aplica também a brasileiros de outras regiões que pretendem viajar a esses locais. Para quem vem principalmente da Europa, a recomendação é tomar vacina contra sarampo antes de vir. Se surgir algum caso de sarampo, o risco é igual para Copa do Mundo, Carnaval, fim de ano. Já tem protocolo, quando identificada a suspeita, a secretaria municipal já faz a vacinação de bloqueio em todos que tiveram contato com aquela pessoa. O

site especial

traz informações em inglês, francês e espanhol. Como a maioria dos turista será de homens, jovens e solteiros, oferece informação de DST e Aids, uso de camisinha. Também fala sobre cuidados com comida de rua e tomar água tratada. Vamos lançar um aplicativo de smartphone para que o turista se cadastre e vamos fornecer informações, orientação de saúde, além de pedir que informe caso tenha algum problema de saúde. 

T - Quais os preparativos para a Copa em relação à saúde?

JB - 

O Brasil já vem aplicando o mesmo modelo de vigilância que fizemos na Copa das Confederações e na Jornada Mundial da Juventude. Iniciaremos já no dia 28 de maio, quando começam a chegar as seleções. Durante esse período, vamos ter um centro integrado de operações de saúde com as 12 cidades sedes para qualquer necessidade que houver durante a Copa.

Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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