Mulheres que sofrem ataques cardíacos têm duas vezes mais chances de morrer que os homens na mesma condição. Isso porque elas demoram mais para chamar a ambulância e não são tratadas de forma tão eficaz pelos médicos, de acordo com um estudo. As informações são do Daily Mail.
As doenças cardíacas e ataques do coração são mais comuns em homens, o que leva alguns médicos a acreditarem que as mulheres raramente sofrem do problema.
O estudo analisou 5 mil pessoas com histórico de infarto, entre homens com idade média de 61 anos e mulheres com idade média de 69. Dos participantes, as mulheres demoram em média uma hora para pedir ajuda médica, comparado a 44 minutos entre os homens.
Por esses motivos, o estudo realizado na Grã Bretanha e divulgado na Care Congress 2012, em Istambul, mostrou que as mulheres têm duas vezes mais probabilidade de morrer de ataque cardíaco. Além disso, as que sobrevivem, permanecem mais tempo no hospital e apresentam mais complicações.
"Estes resultados sugerem que as mulheres precisam ser mais vigilantes com dores no peito e pedir ajuda médica rapidamente para reduzir o tempo de isquemia (duração em que o músculo cardíaco é privado de oxigênio). As mulheres podem demorar mais para chamar uma ambulância quando têm dores no peito porque não acreditam que pode ser um infarto do miocárdio (ataque cardíaco). A maioria das mulheres acredita que esse é um problema masculino”, alerta Guillaume Leurent, do Centro Hospitalar Universitário de Rennes, na França.
O que causa a infecção urinária? A infecção urinária é a presença de bactérias no trato urinário, que vem acompanhada de alguns sintomas incômodos. Quando essa infecção acomete a bexiga é chamada de cistite e quando afeta os rins, pielonefrite. No geral, o problema é causado principalmente por germes vindos do intestino. Tanto que, segundo o urologista Milton Skaff Junior, da Beneficência Portuguesa, em 85% dos casos, o problema é provocado por uma bactéria intestinal chamada Escherichia coli
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Pode ser transmitida sexualmente? De acordo com o urologista Adriano Cardoso Pinto, do Hospital São Camilo de São Paulo, a causa mais comum da infecção urinária não é a transmissão sexual, mas sim uma transmissão ambiental. Ainda assim, vale tomar cuidado. "Mesmo que a transmissão por via sexual seja menos frequente, é preciso lembrar que toda vez em que existir uma bactéria em um dos parceiros, ela pode ser transmitida sexualmente. Se alguém tiver uma infecção urinária com um germe chamado clamídia, por exemplo, ela pode sim comprometer a via urinária e sexual", alertou
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Existem pessoas com predisposição a ter infecções urinárias? Sim. Há vários motivos que podem facilitar esse problema. Segundo o urologista Milton Skaff Junior, é preciso ficar atento com casos na família, já que os fatores hereditários aumentam as possibilidades, além da baixa resistência e doenças como aids, diabetes e câncer, que também são um agravante. "Outros fatores que estão associados à infecção urinária são uso de espermicidas, múltiplos parceiros, cálculo urinário, resíduo urinário elevado e uso de sondas urinárias"
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Quais são os sintomas? Dependendo do quadro da infecção, os sintomas podem variar. "Quando a infecção é inicial e só acomete a bexiga, os sintomas são ardência para urinar, aumento da frequência de ir ao banheiro urinar e urgência para urinar. Estes sintomas são típicos da cistite, ou seja, a infecção urinária que acomete apenas a bexiga e não os rins. Quando uma cistite se transforma em uma pielonefrite, ou seja, a infecção no rim, os sintomas são mais fortes e o quadro mais sério e potencialmente grave. Geralmente há febre, vômitos, dores nas costas e o estado geral fica muito comprometido", explica o urologista Conrado Alvarenga, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo
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Como é feito o diagnóstico? A partir do momento em que o paciente apresentar sintomas da infecção urinária e tiver suspeitas do problema, é recomendado procurar um médico. No geral, o diagnóstico é feito por meio do exame de urina, que mostra a quantidade de germes presentes no trato urinário
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Por que a infecção urinária é mais comum entre as mulheres? Aproximadamente 15% ou 20% dos casos de infecção urinária são em homens e 80% afetam as mulheres, segundo o urologista Adriano Cardoso Pinto. E isso acontece porque o principal reservatório de bactérias do organismo é o intestino. "Como o ânus é muito próximo da vagina, essa região pode acabar colonizada com bactérias que acabam no sistema urinário. A distância entre o ânus e a vagina é muito menor que o ânus e o canal da uretra no pênis. E esse é o principal fator que diminui os riscos de infecção urinária nos homens", explica
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Qual o tratamento para a infecção urinária? Normalmente, o tratamento é feito com antibióticos e a escolha deve ser baseada no resultado do exame de urina. Nos casos mais leves, o medicamento pode ser ingerido por via oral. Já nos mais graves, devem ser administrados na veia
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O que acontece quando a infecção urinária não é tratada? Quando não tratada, a infecção tende a evoluir. "Uma infecção urinaria simples, como uma cistite, quando não tratada adequadamente ou no tempo certo, pode se transformar em uma pielonefrite, que pode gerar um quadro de infecção generalizada, conhecido como sepse. Além disso pode levar a formação de abscessos no rim", alerta Conrado
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Como evitar a infecção urinária? Apesar de alguns fatores contribuírem para o surgimento da infecção urinária, é possível prevenir o problema com algumas medidas. "As principais dicas são beber muita água - de forma que a urina saia de forma límpida -, urinar depois da relação sexual, não segurar urina por muito tempo e caso este seja um problema recorrente, procurar um urologista para investigar outros fatores que possam estar relacionados a infecção urinária de repetição", aconselha Milton Skaff Junior
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É verdade que a infecção pode causar alucinação em idosos? De um modo geral, pessoas com mais idade respondem de maneiras diferentes que adultos e crianças aos processos infecciosos. "É comum que idosos não tenham febre com infecções, por exemplo. O idoso com infecção urinária fica mais frágil. Se ele tiver alguma alteração cerebral, pode desencadear em alguma alucinação, mas isso não faz parte da infecção. É apenas uma reação diferente do organismo", disse Adriano Cardoso Pinto