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Parkinson: 20% dos casos é de pessoas abaixo dos 50 anos

Rigidez, lentidão, tremor, dificuldades para dormir, constipação intestinal são alguns dos sintomas

5 abr 2023 - 11h57
(atualizado às 12h01)
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Parkinson pode atingir pessoas com menos de 50 anos
Parkinson pode atingir pessoas com menos de 50 anos
Foto: AndreyPopov

É sabido que a doença de Parkinson atinge principalmente a população com mais de 60 anos, mas a doença não é uma exclusividade dessa faixa-etária. Pessoas abaixo dos 50 anos também podem desenvolver a condição, como explica o neurocirurgião Felipe Mendes, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.

"Existem dados, como os da Fundação Michael J. Fox (que financia várias pesquisas nesse sentido), que relatam que 20% dos casos da doença podem acometer pessoas mais jovens. Elas são conhecidas como pessoas com Doença de Parkinson de Início Jovem (Young-onset Parkinson's disease ou YOPD na sigla em inglês) e podem ter uma jornada mais longa até conseguirem o diagnóstico preciso da doença", esclarece o médico.

A dificuldade com o diagnóstico se deve justamente à idade. Os médicos geralmente não esperam que o paciente esteja com a doença e, por vezes, atribuem sintomas como a rigidez dos braços e dos ombros a lesões esportivas ou artrites.

Segundo Mendes, adultos mais propensos a desenvolver Parkinson costumam ter fatores genéticos associados, como muitos membros da família com a doença e mutações genéticas. Esse grupo também costuma desenvolver distonia, um tipo de contração muscular prolongada que pode levar o paciente a torcer o pé, por exemplo, e discinesia, como chamam os movimentos involuntários e descontrolados induzidos por medicações.

Os sintomas em YOPD são os mesmos da doença nos idosos?

O neurocirurgião cita as pesquisas da Parkinsonism & Related Disorders para apontar que os sintomas costumam ser semelhantes. Os mais comuns são rigidez, lentidão, tremor, dificuldades para dormir, constipação intestinal, perda de olfato ou queda de pressão ao ficarem em pé.

O diferencial, como apontado pelo American Parkinson Disease Association, é que a Doença de Parkinson Juvenil ou Precoce desperta mais discinesias e distonias, além de uma menor incidência de problemas de memória e também de equilíbrio.

"Apesar dos sintomas serem praticamente os mesmos em qualquer idade, as pessoas com doença de Parkinson de início jovem vão experimentar a doença de outra maneira e isso pode ser desafiador, tanto psicológica quanto socialmente", avalia o neurocirurgião.

"A taxa de progressão é mais lenta do que em idosos e isso tem muito a ver [com o fato] de os jovens não terem tantos problemas de saúde quanto os mais velhos, além de conseguirem realizar melhor os tratamentos de fisioterapia propostos", completa.

Qual o tratamento para o Parkinson?

A doença ainda não tem cura conhecida, mas há previsão de um longo e contínuo tratamento. Como exemplo, o médico cita o cuidado com a dieta, prática de atividades físicas, artísticas e de lazer e a ingestão de medicamentos que diminuam as características da doença.

Outras medidas integradas são ainda fisioterapias e terapias de reabilitação que incluem consultas com fonoaudiólogos, terapias ocupacionais, psicoterapia e cirurgia de estimulação cerebral. Mendes ressalta que a técnica é minimamente invasiva e, se respeitados os critérios de indicação e seleção dos pacientes, pode trazer resultados satisfatórios.

Fonte: Redação Terra Você
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