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Repelente evita dengue? Tire 15 dúvidas sobre a prevenção

Os produtos eficazes são os que contêm icaridina nas concentrações entre 20% e 25%, DEET entre 30% e 50% e IR 3535 a 30%.

1 abr 2015 - 13h56
(atualizado às 13h56)
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Mais uma vez, a dengue volta a causar problemas. A Prefeitura de São Paulo contabilizou 4.436 casos nas 10 primeiras semanas do ano. Para piorar, há o alerta contra a chikungunya, também transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. E fica a dúvida: os repelentes são realmente eficazes na prevenção? E as pulseiras de citronela? Tire suas dúvidas sobre o assunto, com informações dos dermatologistas Luiz Roberto Terzian e Carolina Marçon.

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O uso de repelente realmente pode ajudar a prevenir a dengue?

Sim, pois inibe a picada dos insetos. Mas a proteção não é total, já que, mesmo com seu uso, podem ocorrer picadas. Por isso, medidas adicionais devem ser tomadas, como controle dos criadouros, evitar ir a áreas onde haja muito mosquito, fechar portas e janelas antes de escurecer, utilizar inseticidas dentro de casa, apostar em telas, usar roupas longas e meias.

Quais repelentes são eficazes contra a dengue?

Os produtos eficazes são os que contêm icaridina nas concentrações entre 20% e 25%, DEET entre 30% e 50% e IR 3535 a 30%.

Como usar repelente?

Passe o repelente de maneira uniforme em todas as áreas expostas do corpo. Evite o contato do produto com olhos, boca e nariz, pois pode irritar as mucosas. “É interessante destacar que o repelente tem ação por uma área de 2 a 4 cm ao redor da região em que é aplicado. Por isso, mesmo se não for aplicado em uma pequena área como essas, poderá manter a proteção da mesma forma”, explicou o dermatologista Terzian.

É preciso passar repelente nas áreas que estão cobertas pela roupa?

Normalmente, não é necessário, mas, se a roupa for fina e grudada ao corpo, pode usar o repelente na pele ou sobre a roupa, para evitar picadas, como explicou Terzian. O ideal é utilizar roupas claras (roupas escuras atraem os mosquitos), que não fiquem grudadas ao corpo e cubram braços e pernas.  

É indicado passar repelente em bebês?

“Grávidas e crianças com menos de 2 anos não devem usar repelente sem orientação médica. Proteja os pequenos com redes mosquiteiras”, respondeu a dermatologista Carolina. Os repelentes infantis estão liberados para crianças a partir de 2 anos de idade e, os de adulto, a partir de 12 anos de idade. “Evite usar nas palmas das mãos das crianças acima de 2 anos”, alertou Terzian.

Com qual frequência deve-se reaplicar o repelente?

Alguns repelentes têm duração de apenas duas horas, enquanto outros de até 10 horas. Confira essa informação na embalagem. Vale lembrar que suor e contato com a água podem remover o produto, levando à necessidade de nova aplicação.

Foto: iStock

O repelente deve ser usado até para dormir?

Sim, porque os insetos picam com frequência durante a noite.

Usar repelente o dia todo pode trazer algum prejuízo?

Sim, o ideal é aplicar até três vezes ao dia para evitar possível irritação. Os horários mais importantes são aqueles em que os mosquitos picam mais, de manhã (ao clarear), no fim da tarde (ao escurecer) e durante a noite. “Os repelentes são testados e tem baixos riscos de causar alergias ou irritações, mas há pessoas sensíveis aos componentes, podendo desenvolver alergias”, acrescentou o dermatologista Terzian. “Uma dica é lavar as mãos depois de usar o produto, para não correr o risco de contaminar os olhos ou a boca”, acrescentou Carolina.

O repelente deve ser espalhado por cima do protetor solar ou antes do protetor?

Primeiro, aplique o protetor solar. Aguarde 20 a 30 minutos e use o repelente.

Há no mercado protetor solar com repelente. Esse produto é eficaz no combate à dengue?

O ideal é aplicar protetor e repelente separadamente, pois pode haver redução da eficácia do repelente quando associado ao protetor solar em um mesmo produto, como informou o dermatologista Terzian.

Repelente em spray ou creme: qual é o mais eficaz?

A eficácia depende da concentração dos ativos no produto, não da forma farmacêutica (spray ou creme). Para aplicar sobre as roupas e em áreas com pelos, por exemplo, o spray é mais prático.

As pulseiras de citronela realmente ajudam a combater a dengue?

“Não temos nenhuma comprovação de que o uso das pulseiras com repelente possa aumentar a eficácia, o que sabemos é que a citronela, mesmo usando quatro pulseiras (punhos e tornozelos), tem eficácia menor que os repelentes”, explicou Terzian. Por isso, a orientação do médico é usar repelente.

Por que algumas pessoas são mais picadas por mosquitos que outras? O que podem fazer para diminuir o problema?

Alguns detalhes atraem os mosquitos, como perfumes, roupas escuras e odores naturais de algumas pessoas. Evitá-los pode reduzir a atratividade aos mosquitos e, consequentemente, as picadas.

Inseticidas também ajudam no combate a dengue?

Sim. “O ideal é apostar nos modelos que não oferecem contato direto com a pele, como as versões plugadas em tomadas. Inseticidas em aerossol podem causar dores de cabeça e alergias nas pessoas sensíveis à formulação”, alertou a dermatologista Carolina.

Vitaminas do complexo B ajudam a evitar picadas?

Ao contrário de sua fama, não têm muita eficácia quando o assunto é espantar mosquitos. “Essas vitaminas só surtem efeito quando ingeridas em altas dosagens, o que implica risco de intoxicação”, explicou Carolina.

Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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