Terapia de reposição hormonal não afeta a memória, diz estudo
Um estudo revela que mulheres que fazem reposição hormonal, um dos tratamentos mais comuns durante a menopausa, não têm um alto risco de desenvolver demência. A prática é comumente relacionada à redução da memória e ao risco de ter problemas mentais.
Segundo o site inglês Daily Mail, pesquisadores do Women's Health Centre of Excellence for Research at Wake Forest School of Medicine, da cidade de Winston-Salem, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, acompanharam 1.300 mulheres com idade entre os 50 e 55 anos que tomam uma medicação chamada estrogênio conjugados equinos. Para metade do grupo, foi dado um placebo e para o restante das voluntárias, o medicamento convencional durante sete anos. Depois deste período, o estudo não revelou nenhuma diferença considerável nas reações dos cérebros das pacientes.
De acordo com o responsável pela pesquisa, Dr. Mark Espeland, o resultado prova que receitar os hormônios no começo da menopausa pode ter mais benefícios do que sugerir tomá-los mais tarde. "Nossas descobertas mostram que administrar este medicamento para as mulheres o quanto antes no período pós-menopausa não parece ter consequências adversas para as funções cognitivas a longo prazo", afirmou.
De acordo com o site, os médicos encontraram um pequeno distúrbio na fala das pacientes que tomaram o hormônio, mas disseram que os números não eram estatisticamente significantes. Cerca de 1,5 milhão de mulheres britânicas fazem uso deste hormônio, que alivia os sintomas da diminuição do estrogênio no corpo, como as ondas de calor e as mudanças de humor.
Para a pesquisa, os médicos partiram do premissa que o risco de sofrer problemas mentais duplicaria depois de fazer a terapia de reposição hormonal. A advertência foi feita em 2003 por cientistas norte-americanos que estudaram se mulheres saudáveis deveriam recorrer ao medicamento para combater problemas de saúde na velhice.