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Uso diário de aspirina é arriscado para pessoas saudáveis, diz estudo

A aspirina faz com que o sangue fique menos espesso e por isso é usada por algumas pessoas para evitar câncer e ataques cardíacos

24 out 2013 - 14h41
(atualizado às 15h42)
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Foto: Getty Images

Uma das mais amplas análises já feitas sobre o assunto, encomendada pelo Serviço Nacional de Saúde britânico (National Health Service - NHS), aconselha que pessoas saudáveis não usem aspirina para evitar ataques cardíacos ou câncer.

O levantamento, realizado pelo setor de pesquisas do NHS, afirma que o remédio não deve ser consumido em doses diárias até que sejam levantadas mais provas de seus benefícios.

A aspirina faz com que o sangue fique menos espesso e, por isso, reduz as chances de formação de coágulos que podem causar um ataque cardíaco ou derrame.

Já foram feitas até pesquisas que sugerem que o remédio pode diminuir o risco de alguns tipos de câncer, o que levou a discussões sobre as possíveis vantagens do uso de aspirinas por pessoas saudáveis.

Diante de novos questionamentos sobre o assunto, o NHS pediu a uma equipe da Universidade de Medicina de Warwik que avaliasse estudos sobre os efeitos do medicamento.

Segundo os pesquisadores, dar aspirina a todos para evitar ataques cardíacos e derrames "causaria danos, devido ao aumento do potencial de sangramentos".

Quanto à prevenção do câncer, os pesquisadores avaliam que as provas não são fortes o suficiente para que se chegue a uma conclusão, mas os testes com aspirina feitos atualmente darão resultados mais claros nos próximos cinco anos.

"Os riscos estão em um equilíbrio delicado e, no momento, não há provas para aconselhar as pessoas a tomar (o remédio)", diz Aileen Clarke, que liderou a análise na Universidade de Medicina de Warwik.

"Seria ótimo falar que pessoas acima dos 50 anos devem tomar uma aspirina por dia e terão menos casos de câncer, mas a pesquisa ainda não foi concluída e devemos ser cautelosos."

"Temos que ser extremamente cuidadosos com a promoção em excesso da aspirina", acrescentou a pesquisadora.

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