Dor crônica pode ser tratada sem analgésicos
Nova abordagem sugere a substituição dos remédios no tratamento
De acordo com o Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados (Nice), quem sofre de doença crônica sem causa conhecida pode optar por tratamentos que envolvam exercícios físicos, terapias e acupuntura.
O Instituto ainda quer propor no futuro que médicos aconselhem seus pacientes a fazerem uso de terapias físicas e psicológicas em vez do uso de analgésicos. A orientação veio após o Instituto pesquisar que há pouca ou nenhuma evidência de que os analgésicos façam diferença na qualidade de vida dos pacientes com dores crônicas.
Entendendo o diagnóstico
A dor causada por doenças como artrite, osteoartrite ou endometriose é considerada dor secundária crônica. No entanto, aquela que persiste sem causa aparente por pelo menos três meses é conhecida como dor primária crônica.
Neste caso, o Instituto recomenda um plano de assistência ao paciente para que essa dor seja controlada. O plano inclui exercícios físicos e tratamentos psicológicos, terapia cognitivo-comportamental (TCC) e terapia de aceitação e comprometimento (ACT).
Tratamentos com psicólogos e psiquiatras também podem ser efetivos, em conjunto com antidepressivos específicos.
Porém, é importante lembrar que os pacientes não devem começar os tratamentos sem antes consultarem um médico ou se automedicarem.
Tratamento
Além dos exercícios físicos, a acupuntura também pode ser uma aliada no tratamento.
"A acupuntura ajuda no tratamento de dor e relaxamento muscular, facilitando a recuperação da pessoa", explica Marcus Yu Bin Pai, médico especialista em dor e acupuntura.
A técnica é segura e pode ser aplicada em todas as faixas etárias.
Nova abordagem
O Instituto acredita que o redirecionamento do tratamento de pessoas com dor crônica - trocando os analgésicos por exercícios específicos, pode beneficiar o paciente.
"Milhares de pessoas ao redor do mundo sofrem com dores crônicas e todos a sentem de uma maneira diferente. Ao ter mais opções disponíveis para essas pessoas conseguirem administrar a dor com mais eficácia, melhor é para todos", garante Marcus.
Consultoria: Marcus Yu Bin Pai, médico especialista em dor e acupuntura