Doria proíbe funcionamento presencial em escritórios de SP
Só serviços essenciais estão liberados; quarentena foi decretada para evitar disseminação do coronavírus
SÃO PAULO - Após liberar o funcionamento presencial de escritórios de advocacia e contabilidade em meio à quarentena por causa do novo coronavírus, o governo João Doria (PSDB) recuou e decidiu cancelar a permissão neste sábado, 4. Para combater o avanço do covid-19, apenas serviços considerados essenciais estão liberados no Estado de São Paulo.
O Comitê Administrativo Extraordinário Covid-19, do governo de São Paulo, havia publicado neste sábado, 4, no Diário Oficial do Estado, uma deliberação reforçando que esses escritórios poderiam manter as atividades internas durante a quarentena. A condição, de acordo com a publicação, era que não houvesse ingresso de público nos locais.
O documento lista, ainda, a liberação do funcionamento de prédios comerciais e de estabelecimentos de peças e acessórios para veículos automotores. Em São Paulo, o fechamento de comércios, escolas e outros serviços que não são considerados essenciais está em vigor desde o dia 24 de março.
Nesta tarde, no entanto, o governador João Doria se pronunciou no Twitter de forma contrária à decisão. "O governo de São Paulo cancelou na tarde deste sábado, 4, a medida que permitia o funcionamento de escritórios de advocacia e de contabilidade em todo o Estado", escreveu. "Os escritórios poderão funcionar virtualmente, mantendo o atendimento remoto aos seus clientes."
Pouco antes, o governo chegou a divulgar uma nota esclarecendo que a medida não era uma modificação para o funcionamento desses estabelecimentos -- mas sim um reforço do que já havia sido estabelecido pelo decreto da quarentena. Segundo a nota, a publicação servia para esclarecer dúvidas do setor.