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Dormir bem prejudica a eliminação de lembranças ruins

29 nov 2016 - 11h46
(atualizado às 14h04)
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Uma longa noite de sono - e até agora considerada boa - consolida a memória e dificulta a remoção de emoções negativas associadas a vivências traumáticas, revelou um estudo publicado na revista "Nature Communications" nesta terça-feira (29).

Durante o sono, o cérebro reorganiza a informação adquirida durante as horas em que a pessoa esteve acordada e a armazena nos canais da memória de longo prazo. Esse mecanismo faz com que a eliminação das lembranças rins, uma capacidade crucial para a sanidade mental, seja mais complicada quando a memória tem tempo de se fixar durante o descanso.

Cientistas da Universidade Normal de Pequim, na China, analisaram a capacidade do cérebro de esquecer certas informações a partir de um experimento com 73 universitários. Os participantes tiveram que memorizar associações entre duas imagens, um rosto "neutro" e um "desagradável", de modo que ao observar mais tarde uma das caras pensassem automaticamente em uma ideia que provoca repulsa. Quando os estudantes tentaram suprimir a relação entre um rosto e uma emoção negativa, o pesquisador Yunzhe Liu e seu grupo detectaram que aqueles que garantiam ter descansado durante a noite tinham mais problemas para desfazer a associação na memória.

Estudo diz que ter uma boa noite de sono dificulta a eliminação de lembranças ruins
Estudo diz que ter uma boa noite de sono dificulta a eliminação de lembranças ruins
Foto: andresr / iStock

"A atividade do cérebro durante essa tarefa mostra que os circuitos neuronais envolvidos na supressão da memória, que inicialmente ficavam no hipocampo - localizado nos lobos temporais do cérebro -, mudaram para um padrão mais distribuído ao longo do córtex depois do sono", revelou o estudo.

Segundo os pesquisadores, "essa mudança parece ser o que mais dificulta a extinção das lembranças negativas". Os pesquisadores destacaram que os mecanismos descritos no trabalho podem ajudar a desenvolver tratamentos mais efetivos para situações como o estresse pós-traumático.

EFE   
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