Dublê de atriz em 'O Amor É Cego' quase morreu após cirurgia para emagrecer
Ivy Snitzer foi a dublê plus size de Gwyneth Paltrow no filme de 2001
Ivy Snitzer, a dublê plus size de Gwyneth Paltrow no filme "O Amor é Cego" (2001), revelou que desenvolveu distúrbios alimentares após o sucesso do longa. Em entrevista ao The Guardian, Snitzer relembrou o período "sombrio" e contou que quase morreu depois de passar por uma cirurgia para emagrecer.
"Naquela época, se você visse alguém obeso em um filme, ele era um vilão", disse a atriz, que ainda estava no começo da carreira quando conseguiu o papel. "Enquanto [a personagem de Paltrow] Rosemary era legal, ela era popular, ela tinha amigos."
No entanto, após o lançamento do filme, alguns fãs passaram a atacar Snitzer por "promover a obesidade". "Fiquei com muito medo e me senti diminuída", lembrou. "Eu estava tipo: 'talvez eu tenha acabado com o conceito de fama, talvez eu não queira ser atriz. Talvez eu faça outra coisa.'"
Os comentários negativos fizeram a atriz desenvolveu distúrbios alimentares. "Odiava meu corpo da maneira como era suposto. Comia muitas saladas. Tive distúrbios alimentares dos quais estava muito orgulhosa", contou.
Em 2003, Ivy passou por uma cirurgia de redução de estômago. No entanto, pouco tempo depois da operação, a banda gástrica escorregou, causando uma torção no estômago. Isso significava que, durante três meses, ela não poderia consumir nada mais espesso do que água sem vomitar. "Eu tive uma torção, como os cães têm e morrem", explicou. "Eu estava tão magra que dava para ver meus dentes no rosto e minha pele era toda cinza".
E eu era tão mal-humorada o tempo todo. Eu meio que alienei muitos dos meus amigos. Minha mãe também estava morrendo na época. Foi sombrio. Os humanos não deveriam ter que experimentar o quão sombrio foi aquele momento específico da minha vida."
Atualmente, Ivy está bem, no entanto, ela só consegue comer "pequenas porções" e não consegue comer e beber ao mesmo tempo. Apesar de tudo que passou, a atriz relembra seu tempo em "O Amor é Cego" com muito carinho. "Eu amo que é uma coisa legal que eu fiz uma vez. Não me fez sentir mal comigo mesmo. Até que, você sabe, outras pessoas começaram a me dizer que eu provavelmente deveria me sentir mal comigo mesma", disse.