É verdade que mamografia pode causar câncer de mama? Entenda
Entidades médicas desmentem informações falsas que circulam nas redes sociais e reforçam a importância do exame
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologistas e Obstetras (Febrasgo) emitiram uma nota de esclarecimento para desmentir informações falsas sobre a mamografia que circulam nas redes sociais.
Em vídeos virais, há alegações de que o exame exporia as pacientes a níveis elevados de radiação e aumentaria o risco de câncer de mama. Especialistas afirmam que tais declarações são infundadas e podem comprometer a prevenção da doença.
De acordo com a SBM, a mamografia continua sendo a principal ferramenta para a detecção precoce do câncer de mama, aumentando significativamente as chances de um tratamento bem-sucedido. O exame é seguro, e a dose de radiação emitida é considerada baixa, equivalente a aproximadamente duas vezes a de um raio-X comum. O benefício da detecção precoce supera em muito qualquer risco associado à exposição à radiação.
No Brasil, a recomendação oficial é que mulheres entre 40 e 49 anos façam mamografia anualmente, enquanto aquelas entre 50 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos. Mulheres com histórico familiar da doença podem necessitar de acompanhamento individualizado e exames iniciados antes dos 40 anos, conforme orientação médica.
Outro ponto abordado na nota das entidades médicas é o uso da termografia como alternativa ao exame mamográfico. Diferente do que afirmam os conteúdos enganosos, a termografia não é um método eficaz para a detecção precoce do câncer de mama e não substitui a mamografia. A técnica, que apenas indica variações de temperatura no corpo, pode gerar diagnósticos imprecisos e atrasar o início do tratamento em casos suspeitos.
Diante da disseminação de informações falsas, especialistas alertam para a importância de buscar orientações em fontes confiáveis, como instituições médicas e profissionais de saúde qualificados. A desinformação pode levar ao abandono de práticas preventivas essenciais e colocar a vida de muitas mulheres em risco.