Ela ficou em coma e perdeu 60% da visão após tomar remédio de cólica
Caso aconteceu em 2011, mas Jaqueline Gmack ainda sente os efeitos com apenas 40% de sua visão: 'Foi um milagre eu ter sobrevivido'
Uma jovem teve uma reação alérgica a um remédio e, em 48 horas, desenvolveu síndrome de Stevens-Johnson. Ela entrou em coma por 17 dias, quase perdeu a visão e até hoje sente os efeitos, enxergando apenas 40% do total.
Uma jovem ficou 17 dias em coma e quase perdeu a visão após ter uma reação alérgica a um remédio para combater as dores de cólica. O caso aconteceu em 2011 no Brasil. Mas ainda hoje, com 31 anos, Jaqueline Gmack sente os efeitos do episódio.
Cerca de 48 horas depois de ingerir uma cápsula de ibuprofeno, Jaqueline começou a apresentar uma leve coceira nos olhos e sentiu bolhas de sangue na boca. Ao chegar ao hospital, seu estado de saúde começou a piorar: o rosto dela ficou coberto de bolhas e ela mal conseguia enxergar. Jaqueline precisou ser colocada em coma induzido por 17 dias.
“Quando acordei, não sabia o que tinha acontecido comigo. Percebi que todo o meu corpo estava enfaixado, minha visão estava completamente turva e eu tinha um tubo na garganta, mas não senti nenhuma dor. Só então a ficha começou a cair. Percebi que estava muito fraca e que algo muito sério havia acontecido comigo. Foi como se eu tivesse sido queimada de dentro para fora”, contou a vítima ao jornal britânico The Sun.
Segundo os médicos, Jaqueline apresentou um quadro de síndrome de Stevens-Johnson, uma reação do sistema imunológico a um remédio, especialmente os contra epilepsia, antibióticos e analgésicos anti-inflamatórios.
“Os médicos me disseram que foi um milagre eu ter sobrevivido. Minha família não me deixou me ver no espelho por alguns dias. Quando finalmente me olhei, vi alguém que não reconheci”, relembrou a jovem, que ficou com cicatrizes pelo corpo e até hoje não recuperou totalmente a visão, enxergando apenas 40% do total.
Desde a primeira operação em 2011, Jaqueline já foi submetida a mais de 24 procedimentos, entre eles transplantes de córnea, de membrana amniótica e de células-tronco. “O obstáculo mais difícil de superar é saber que nunca poderei ter a visão que tinha antes. Eu gostaria de encontrar uma cura para enxergar novamente, mas me sinto como uma guerreira”, comentou.