Ela foi a uma academia pela 1ª vez aos 50 anos e revolucionou sua saúde: 'O exercício me salvou'
Shyy Sachdev, 60, cresceu em uma família indiana conservadora e acreditava que as 'mulheres não faziam exercícios'; veja o antes e depois
Shyy Sachdev, de 60 anos, começou a fazer exercícios físicos aos 50 anos de idade, e essa decisão transformou sua vida para sempre. Crescendo em uma família indiana conservadora, Shyy conta que sempre acreditou que "mulheres não faziam exercícios".
Na época, participar de atividades físicas era considerado inapropriado para meninas, e ela foi incentivada a priorizar o papel na família. Como uma entre 13 irmãos, aprendeu a cozinhar e a cuidar da casa aos 12 anos, enquanto exercícios e esportes seguiam restritos a "outras pessoas".
A falta de movimento na infância se transformou em hábitos prejudiciais na vida adulta. Em seu trabalho exaustivo como agente de viagens, Shyy desenvolveu uma relação difícil com a rotina.
"O cigarro foi minha válvula de escape, e fumava muito para lidar com o estresse", conta ela em depoimento à revista Women's Health.
Com o passar dos anos, a exaustão crônica já fazia parte de seu dia a dia quando surgiram os sintomas da perimenopausa, trazendo insônia, ansiedade e confusão mental.
Foi em uma consulta médica, um mês antes de completar 50 anos, que sua trajetória começou a mudar. Com colesterol e pressão arterial próximos dos limites de segurança, o médico sugeriu uma mudança na dieta e o início de uma rotina de exercícios. Decidida a evitar medicamentos, Shyy aceitou o desafio: parou de fumar e se matriculou em uma academia local.
"Deixar o cigarro foi mais fácil do que esperava. Parei de tomar chá, pois era o que me fazia lembrar de fumar. Já o exercício foi mais desafiador; precisei escondê-lo dos meus pais e da família", conta Shyy.
Com determinação, ela começou a frequentar uma academia onde realizava três sessões de 40 minutos por semana, incluindo body pump, HIIT e corrida na esteira. "Eu caí na primeira vez que subi numa esteira, mas me senti orgulhosa por estar fora da minha zona de conforto, mesmo usando as calças mais largas e as blusas de manga comprida que encontrava."
Os primeiros resultados não demoraram a aparecer. À medida que as semanas passavam, os benefícios foram se tornando profundos e transformadores. O sono melhorou, a pele ficou mais saudável e os sintomas da perimenopausa diminuíram consideravelmente.
Ao mesmo tempo, ela iniciou uma terapia de reposição hormonal com hormônios bioidênticos, derivados de plantas. No entanto, Shyy não se adaptou bem à terapia, e sua saúde mental se desestabilizou.
"Foi o exercício que me salvou. Quando liguei para minha filha chorando, ela sugeriu que eu fosse correr; agora, sempre faço isso quando estou estressada ou ansiosa", afirma.
Dez anos após aquele primeiro passo, Shyy vive uma nova realidade: ela treina cinco vezes por semana, já correu três meias-maratonas e consegue levantar até 110kg.
Com orgulho, ela também se sente à vontade usando roupas mais leves, sem se importar com o que pensam. "É assim que quero que toda mulher se sinta", conclui Shyy, mais otimista do que jamais imaginou ser possível.