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Em 12 dias, China constrói 11 hospitais para tratar vítimas do coronavírus

Unidades hospitalares temporárias estão sendo construídas sobre escolas, ginásios e centros de exposição em Wuhan, epicentro do surto da doença

5 fev 2020 - 12h10
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O governo da China planeja finalizar nesta quarta-feira, 5, a entrega de 11 hospitais construídos em Wuhan para atender as vítimas do novo coronavírus.

Erguidas em apenas 12 dias, as novas unidades se somam às outras três já finalizadas pelo governo chinês nesta segunda-feira, com capacidade total para 3.400 pacientes.

Nos últimos dias, pacientes já foram direcionados aos prédios, onde deram início ao tratamento contra o coronavírus.

De acordo com a agência de notícias estatal chinesa, ao todo, mais de 10 mil leitos serão entregues em hospitais temporários espalhados em diferentes distritos de Wuhan, epicentro do surto de coronavírus.

Ginásios, escolas, centros de exposição e centros esportivos foram convertidos nas novas unidades hospitalares, enquanto a cidade registrou 1.242 novos casos da doença apenas na segunda-feira.

Um complexo cultural convertido em hospital com capacidade para mil leitos foi dividido em 20 enfermarias; banheiros e vestiários foram instalados na área externa do edifício. As portas de entrada e saída também foram localizadas em extremidades distintas do prédio, para evitar a infecção dos médicos.

Os novos hospitais foram erguidos utilizando a mesma estratégia adotada em Pequim durante a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), em 2003. Feitas com placas planas que se encaixam umas nas outras, as unidades pré-fabricadas têm aproximadamente 30 metros quadrados e quartos despressurizados.

Além das novas construções, outros 20 hospitais móveis de todo o país - espécie de ambulâncias superequipadas e com médicos, geralmente usadas em áreas rurais ou montanhosas onde não é possível construir unidades fixas - foram direcionados para Wuhan e começaram a chegar ainda ontem à cidade.

Eles serão destinados ao tratamento de pacientes com sintomas leves, anunciou Jiao Yahui, da Comissão Nacional de Saúde.

Na segunda, a vice-primeira-ministra chinesa, Sun Chunlan, esteve em Wuhan para conhecer a primeira leva de unidades entregues. No dia seguinte, o país anunciou um total de 490 mortos pelo coronavírus e mais de 24 mil pessoas infectadas desde o início da epidemia.

Estadão
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