Em grupo de risco, pai e filho vencem coronavírus e têm alta
Em meio ao tratamento, eles chegaram a ser internados na UTI do São Vicente de Paulo
Diante do medo, incertezas e preocupações com a pandemia, a alta hospitalar trouxe esperança e fé a todos os profissionais e pacientes. Pai e filho, que estão no topo do grupo de risco, deixaram o hospital sob aplausos da equipe médica e já retornaram para suas casas na cidade vizinha de Marau, na segunda-feira, onde vão seguir em isolamento domiciliar.
Emocionado, Honorino, no alto dos seus 84 anos, não conteve o choro. "Agradeço a todos que cuidaram de nós, muito obrigado", destacou. Alice Madalena Dalmasso Bassi, esposa de Alceu, reiterou a gratidão pelos profissionais pelo empenho no cuidado aos seus familiares. "No começo foi muito difícil, mas, aos poucos, graças ao trabalho da equipe eles começaram a dar a volta por cima e hoje estão podendo ir para casa. Nosso desejo é que esse problemão passe logo, não atinja mais vidas. Que as pessoas cuidem da higiene das mãos, que fiquem em casa e quando precisarem sair tenham os cuidados necessários. Temos de nos unir nesse momento", ressaltou Alice.
Após ter confirmado a alta hospitalar, a coordenadora da UTI Especial para o Tratamento da covid-19 do Hospital São Vicente, médica Sabrina Henrich, também destacou o empenho de todos os envolvidos. "Esta alta é uma motivação para seguirmos trabalhando e atendendo da melhor forma os pacientes. É uma alegria vê-los indo para casa bem", finalizou.
Desde 25 de março, nove pessoas já perderam a vida em função da doença em cidades gaúchas - Porto Alegre (cinco mortes), Novo Hamburgo (duas) e Ivoti (uma). Na noite passada, o Grupo Hospitalar Conceição confirmou a morte de uma servidora que permanecia internada, em estado grave e que havia testado positivo para o novo coronavírus. Mara Rúbia Cáceres, de 44 anos, era técnica de enfermagem no setor de Emergência e recebia atendimento desde 31 de março. Mara é a primeira vítima fatal da área da saúde no RS.