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Embolia amniótica: o que é a grave complicação que influencer teve durante o parto?

A goiana Juliana Perdomo, de 34 anos, está internada em estado grave após sofrer a condição no parto do seu terceiro filho

29 jul 2024 - 15h41
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Nas redes sociais, Juliana ensina receitas e dá dicas de cuidados com a casa
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Foto: Reprodução/Instagram/@juperdomohome

A influenciadora digital Juliana Perdomo, 34, precisou ser internada e está em estado grave após sofrer complicações no parto do seu terceiro filho. A goiana, que acumula mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, sofreu uma embolia amniótica na última sexta-feira (26).

De acordo com a família de Juliana o estado de saúde da influenciadora ainda é grave. No entanto, ela tem respondido positivamente ao tratamento ministrado pela equipe médica.

“Embora o estado da Jú ainda seja grave, ela vem apresentando evoluções importantes na parte cardíaca e avanços no que diz respeito à questão respiratória. Ela passou bem a noite de segunda-feira (28) e, até o momento, não há registros de intercorrências”, diz o comunicado.

O diagnóstico

Em entrevista ao Terra Você, a médica pneumologista e paliativista da Saúde no Lar, Michele Andreata, conta que a embolia amniótica é uma condição rara e grave que ocorre quando o líquido amniótico, células fetais ou outros materiais entram na circulação materna, desencadeando uma resposta anafilactóide.

“Isso geralmente acontece durante o parto ou imediatamente após, quando há uma ruptura das membranas amnióticas ou danos na placenta, permitindo a entrada desses materiais na corrente sanguínea”, diz a especialista.

Os impactos imediatos da embolia amniótica nos pulmões incluem a obstrução dos vasos pulmonares e uma resposta inflamatória aguda, que pode levar à hipertensão pulmonar aguda, edema pulmonar e insuficiência respiratória. A pessoa pode apresentar dispneia súbita, cianose e, em casos graves, colapso cardiovascular.

Sintomas

A profissional conta que os sintomas respiratórios da embolia amniótica, como dispneia súbita e cianose, podem ser confundidos com outras condições pulmonares graves, como embolia pulmonar e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). 

No entanto, a embolia amniótica é frequentemente acompanhada por colapso cardiovascular rápido e coagulopatia, o que ajuda na diferenciação. 

“A história obstétrica e o momento do surgimento dos sintomas - geralmente durante o parto - também são indicativos importantes”, destaca a médica.

Os principais desafios no manejo da embolia amniótica incluem a rápida deterioração clínica da paciente e a necessidade de suporte avançado de vida em um curto espaço de tempo. 

A especialista explica que a abordagem para preservar a função pulmonar envolve ventilação mecânica, suporte hemodinâmico com vasopressores e, muitas vezes, administração de fatores de coagulação devido à coagulopatia associada. A identificação precoce e o tratamento agressivo são cruciais.

Prevenção

A médica conta que a prevenção da embolia amniótica é desafiadora devido à sua natureza imprevisível. No entanto, protocolos de manejo obstétrico seguros, como o monitoramento cuidadoso durante o parto e a intervenção rápida em caso de suspeita, podem ajudar a reduzir o risco. 

O tratamento imediato com suporte respiratório e hemodinâmico agressivo, bem como a correção de coagulopatias, pode melhorar significativamente o prognóstico. Além disso, a preparação das equipes obstétricas e de cuidados intensivos para reconhecer e tratar rapidamente essa condição é fundamental.

Fonte: Redação Terra Você
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