Endocrinologista expõe 3 verdades sobre as causas da obesidade
Esse assunto é recorrente desde conversas informais até simpósios
Cerca de 1 bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo, segundo levantamento da OMS (Organização Mundial da Saúde). Dessa maneira, a endocrinologista e vice-presidente da área médica da Novo Nordisk, Dra. Priscilla Mattar, vai expor as três verdades sobre as causas da obesidade.
Confira as três verdades sobre as causas da obesidade
Comer muito não determina a obesidade
"A obesidade não decorre somente de maus hábitos alimentares. A ingestão calórica superior ao gasto energético é um fator que influencia o aparecimento da doença, mas não é o único. Essa doença é complexa e está relacionada a uma série de causas, exemplos: genéticas, ambientais, hormonais, comportamentais e fisiológicas", detalhou.
Dormir pouco aumenta as chances de obesidade
"Pessoas que dormem menos têm mais chances de ter obesidade. Assim como o sedentarismo, alterações hormonais e genética, a qualidade do sono também pode ser determinante. Horas insuficientes de sono geram aumento do apetite e resistência à insulina, que favorecem o ganho de peso e o desencadeamento de doenças", disse a profissional.
Desigualdade social impacta nos casos de obesidade
"Estudos apontam aumento da prevalência da obesidade em países subdesenvolvidos devido à falta de acesso a informações, oportunidades e alimentação equilibrada. A rotina corrida e exaustiva de grupos sociais mais vulneráveis impacta diretamente a saúde. A facilidade de consumo e a acessibilidade econômica de produtos industrializados é evidentemente maior do que a de uma dieta balanceada e rica em nutrientes", ponderou.
Palavra final
"A autodepreciação e o isolamento de pessoas com obesidade são uma realidade imposta pela desinformação social e o não reconhecimento da doença. Compreender a complexidade e os fatores que determinam o diagnóstico é crucial para que a obesidade possa ser evitada e, uma vez diagnosticada, ser tratada de maneira efetiva, o que traz ganhos à saúde física, mental e qualidade de vida do paciente", concluiu a Dra. Priscilla Mattar.
