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Entenda a importância do equilíbrio hormonal

1 out 2024 - 18h01
(atualizado às 18h07)
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Especialista diz que os hormônios asseguram que as reações metabólicas aconteçam para a manutenção da nossa saúde; alimentação saudável é primordial

O ex-BBB Eliezer teve ginecomastia, uma condição que provoca o aumento do tecido mamário em homens provocada pelo desequilíbrio hormonal. Já a apresentadora Angélica sofreu com alterações hormonais devido à menopausa precoce. Segundo a médica Tassiana Rodrigues (CRM-SP 166.333 e RQE 104.253), os hormônios são substâncias sinalizadoras que regem todo o metabolismo, sendo o conjunto de reações bioquímicas que acontecem no corpo divididas em reações catabólicas (degradação) e anabólicas (produção de uma nova proteína).

Funções dos hormônios

A especialista conta que os hormônios têm diversas funções, como, por exemplo, os produzidos no intestino, as incretinas, que sinalizam para o sistema nervoso central que já estamos saciados, ou seja, que comemos o suficiente.

Já os hormônios tireoidianos têm a função de aumentar a temperatura corporal, pois se estiver mais elevada, as outras reações bioquímicas acontecem também de forma mais rápida. No entanto, a médica lembra que se o indivíduo sente frio em excesso, está sempre com um agasalho ou não suporta ficar no ar-condicionado, pode haver desequilíbrio hormonal.

Os hormônios sexuais têm a função de manter as funções reprodutivas tanto no homem quanto na mulher. No homem, a testosterona ajuda a libido e a produção dos espermatozoides. Na mulher, o estrogênio tem papel de proliferação do tecido mamário e do endométrio; a progesterona tem a função de equilibrar a ação do estradiol. "A deficiência dos hormônios sexuais pode levar a um quadro de infertilidade tanto feminina quanto masculina, baixa libido, redução na concentração", aponta.

A melatonina é um hormônio produzido na glândula pineal e tem ação antioxidante, auxiliando na eliminação de radicais livres, que causam estresse oxidativo no corpo, e também ação imunomoduladora. Ela contribui para erradicar as células senescentes e ajuda o sistema imunológico a combater agentes patogênicos.

A vitamina D também contribui para o sistema imunológico, aumentando a absorção de cálcio e com isso a produção de alguns neurotransmissores. "Está muito associada ao humor. Uma pessoa, por exemplo, com baixíssimos níveis de vitamina D, pode ter sintomas depressivos. Nos países onde há pouquíssimo sol, e as pessoas têm muita deficiência de vitamina D, temos as maiores taxas de suicídio no mundo", comenta.

Já o cortisol e DHEA são hormônios produzidos nas glândulas suprarrenais. O cortisol é essencial para fornecer energia de forma rápida para o nosso corpo por um processo chamado gliconeogênese.

Foto: Márcia Piovesan

Dra. Tassiana Rodrigues - Foto divulgação

A médica salienta que a deficiência de cortisol provoca muito cansaço, e a de melatonina compromete a memória, o sono fica entrecortado, não sendo profundo e nem reparador.

Por que acontece o desequilíbrio hormonal?

Tassiana explica que o estresse lidera o ranking dos motivos. O estresse agudo eleva o cortisol para que se tenha energia de forma rápida e a situação estressante consiga ser resolvida. O estresse crônico provoca a queda nos níveis de cortisol, com queda em praticamente todos os outros hormônios. Com isso, os outros hormônios esteroides caem também, porque o corpo não pode viver sem ele. Isso quer dizer que o metabolismo é desviado para a produção de cortisol e o indivíduo fica com insuficiência de progesterona, testosterona e estradiol.

Tratamento

A médica reforça que ao tratar o intestino do paciente, é removido grande parte dos radicais livres circulantes no corpo. Além disso, com o tratamento da microbiota intestinal, a suplementação é feita para entregar nutrientes ao indivíduo de forma ligeira e o metabolismo ser resgatado mais rapidamente.

Tassiana afirma que ao optar pela reposição dos hormônios, a função hormonal é resgatada. Entretanto, ela chama atenção que em muitas situações esses hormônios não voltarão a ser liberados. "Uma mulher na menopausa, um homem na pós-andropausa não vão recuperar a produção desses hormônios. Esses indivíduos podem fazer a reposição em longo prazo", finaliza.

Márcia Piovesan
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