Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Entenda como é o procedimento para reverter a harmonização facial

Médicas explicam como desfazer preenchimentos com ácido hialurônico

5 abr 2024 - 17h30
Compartilhar
Exibir comentários

Recentemente, nas redes sociais, o ex-BBB Eliezer disse que retirou a harmonização facial que havia feito em 2022, logo após a sua saída do Big Brother Brasil. "Comecei a reverter o processo do ácido, da mandíbula e do queixo, então meu rosto voltou à anatomia normal. O que aconteceu comigo foi uma grande distorção de imagem", disse.

Reversão de harmonização facial tem se tornado mais comum
Reversão de harmonização facial tem se tornado mais comum
Foto: Spaskov | Shutterstock / Portal EdiCase

Além dele, diversos famosos, modelos, cantores e influenciadores brasileiros também estão optando pela reversão de preenchimentos, utilizando a substância conhecida como hialuronidase. "A hialuronidase é uma enzima injetável, uma cópia de uma proteína encontrada no corpo, usada para dissolver preenchimentos de ácido hialurônico", explica a Dra. Cláudia Merlo, médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS.

Procedimento para reverter a harmonização

Apesar da popularidade persistente dos injetáveis, as reversões do preenchimento estão aumentando, uma espécie de reação à era de extravagância no uso de injetáveis. Há, agora, um medo pairando no ar: os pacientes querem fugir das distorções estéticas e do efeito envelhecedor a longo prazo.

"Usamos a hialuronidase para dissolver rostos supercheios, pastosos e distorcidos. O excesso de preenchimento não apenas cria uma estética estranha, mas também pode levar à obstrução do canal linfático e acúmulo de fluido, função muscular limitada (que pode causar expressões tensas) e estiramento permanente dos tecidos moles ao longo do tempo", explica a médica.

Segundo ela, o procedimento também é utilizado para corrigir pequenas imperfeições, como canais lacrimais deixados inchados por um gel mal colocado. "As pessoas precisam realizar os procedimentos com responsabilidade, pois não podem achar que é só fazer e desfazer", alerta a Dra. Cláudia Merlo.

Uso inadequado de preenchedores no rosto

Uma das consequências do uso irresponsável de preenchedores é o que vem sendo chamado de 'Filler Fatigue', ou fadiga de preenchedor. "Esse uso frequente, repetido e de forma inadequada dessas substâncias, ao longo do tempo, distende mais e mais os tecidos, assim criando a necessidade de cada vez mais preenchedor e, logo, piorando os sinais de envelhecimento", explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Todavia, segundo a médica, o uso de preenchedor é considerado uma ferramenta valiosa quando bem indicada. "Conseguimos restaurar estruturas profundas como a parte óssea, repor compartimentos de gordura perdidos, melhorar a proporção das estruturas da face e até melhorar a qualidade da pele. O problema está no diagnóstico e indicação de quando, como e se há necessidade de preencher", explica.

A aplicação de preenchedores no rosto deve ser feita com cautela
A aplicação de preenchedores no rosto deve ser feita com cautela
Foto: Evgeny Atamanenko | Shutterstock / Portal EdiCase

Responsabilidade pelo uso de preenchedores

A culpa das distorções é da "falta de julgamento estético" entre alguns injetores, médicos e não médicos, mas também um impulso dismórfico de alguns pacientes de sentir uma gratificação instantânea que vem de parecer e sentir-se fantástico após a injeção. Se esse sentimento não for controlado pelo médico, ele pode ir rapidamente na direção errada.

O preenchimento, segundo a Dra. Beatriz Lassance, deve ser usado para restaurar o volume perdido, não para fazer levantamento de peso nem para camuflar sinais de envelhecimento gravitacional. A tentativa de "levantar" os tecidos flácidos com ácido hialurônico não pode ser feita sem inflar o rosto para um efeito de desenho animado. Outra manobra que pode dar errado é "tentar remodelar o rosto", acrescenta, impondo contornos não naturais.

Mas o problema está no fato de que os pacientes não apenas estão potencialmente recebendo mais preenchedores do que precisam em cada consulta, mas também reagendam prematuramente, com base em uma crença incorreta de que o preenchedor desaparece em seis meses e deve ser reinjetado naquele momento.

Duração do ácido hialurônico no corpo

Embora a longevidade do preenchimento varie de acordo com o produto e o paciente, estudos recentes de ressonância magnética mostraram que ele dura muito mais do que o anunciado. "O ácido hialurônico realmente é reabsorvido pelo organismo, pois se trata de uma substância que produzimos naturalmente. Mas, quando falamos da necessidade de manutenção do procedimento após um ou dois anos, estamos nos referindo à duração do resultado estético e não à presença da substância no organismo. O ácido hialurônico realmente pode demorar bem mais do que dois anos para ser completamente absorvido pelo corpo", explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

E quanto tempo exatamente o ácido hialurônico demora para ser absorvido? Segundo a dermatologista, não se sabe ao certo. "Cada vez mais estudos têm sido realizados para determinar a permanência dos preenchedores de ácido hialurônico na pele. Mas é difícil dar uma resposta definitiva, pois nem todo preenchedor de ácido hialurônico é igual", diz a médica.

Fugindo da fadiga do preenchimento

Embora as preocupações com a fadiga do preenchimento não pareçam reduzir a demanda geral por esses produtos em uma escala ampla e que altere as estatísticas, os médicos dizem que estão começando a ver os pacientes recuarem de várias maneiras.

Por isso, o melhor conselho é escolher bem o profissional, verificando questões como: certificação, conhecimento anatômico, experiência, obsessão por segurança e disposição para dizer "não". Em seguida, adote uma mentalidade de menos é mais. "Duvide de fotos no Instagram (existem tantos filtros), tratamentos mágicos e novidades milagrosas: o barato pode sair caro", finaliza a Dra. Beatriz Lassance.

Por Maria Cláudia Amoroso

Portal EdiCase
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade