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Entenda como funciona o espermograma e o congelamento de sêmen

O espermograma ajuda avaliar a fertilidade masculina, enquanto o congelamento de sêmen pode preservar os espermatozoides para uso futuro

28 jul 2024 - 12h07
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Problemas com fertilidade são bastante comuns em todo o mundo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 17.5% da população adulta do planeta apresenta infertilidade ao longo da vida. O número representa 1 a cada 6 indivíduos, mostrando a necessidade de aumentar o acesso aos cuidados e políticas públicas voltadas para a capacidade reprodutiva da população.

Entenda como funciona o espermograma e o congelamento de sêmen
Entenda como funciona o espermograma e o congelamento de sêmen
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

A fertilidade por gênero  

Homens e mulheres são responsáveis, cada um, por 50% dos casos de infertilidade. Portanto, a investigação da infertilidade ocorre por meio de exames específicos. 

Porém, o machismo cultural e a falta de informação sobre o tema levam os homens a não procurarem avaliar sua fertilidade no momento em que decidem ser pais, deixando esse papel apenas para a mulher.  

"No imaginário popular, a infertilidade é, geralmente, ligada às mulheres, mas a realidade é diferente. De acordo com estudos recentes, em até 50% dos casos, esse problema tem relação com a saúde dos homens", destaca a ginecologista e especialista em reprodução humana Maria do Carmo Borges de Souza. 

Causas de infertilidade nos homens

De acordo com especialistas, a qualidade do sêmen diminui com a idade, principalmente após os 45 anos, o que impacta, portanto, na fertilidade masculina. Além disso, outras causas de infertilidade nos homens incluem:

  • Varicocele;
  • Criptorquidia na infância; 
  • Diminuição e baixa mobilidade de espermatozoides; 
  • Ausência da produção de espermatozoides;
  • Vasectomia prévia;
  • Dificuldade na relação sexual;  
  • Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs); 
  • Trabalho com produtos químicos, entre outros. 

Análise de fertilidade

No entanto, hoje existem exames e tratamentos de reprodução assistida que podem ajudar a investigar e solucionar questões de infertilidade masculina. 

Segundo a Associação Brasileira de reprodução Assistida (SBRA), a avaliação em homens pode ocorrer com o exame de sêmen (análise seminal) para avaliar a qualidade, quantidade e motilidade dos espermatozoides, bem como análises de sangue para avaliar os níveis de hormônios relacionados à fertilidade, como testosterona e hormônio folículo-estimulante (FSH). 

Segundo o também ginecologista especialista em reprodução humana, Roberto de Azevedo Antunes, e diretor da SBRA, é importante que os homens façam o exame de espermograma. Isso porque, entre outras informações, ele consegue avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozoides presentes, além de possíveis fatores infecciosos e inflamatórios, por exemplo. 

Um exame complementar é o teste de fragmentação de DNA de espermatozoides, que pode ser importante em alguns casos, como a infertilidade sem causa aparente e perdas ou falhas de implantação, de repetição em casos de reprodução assistida, aponta Roberto.

"Esse procedimento médico consegue avaliar o dano oxidativo ao qual os espermatozoides estão sendo submetidos, que pode ser causado por consumo excessivo de álcool, cafeína, alimentação desregrada, obesidade, entre outros fatores", explica. 

Congelamento de sêmen 

O homem também pode congelar sêmen como uma importante alternativa de prevenção e preservação da sua capacidade reprodutiva.  

"Com o surgimento da técnica de vitrificação, em 2006, a eficiência do processo aumentou drasticamente. Hoje, por exemplo, contamos com elevadas taxas de sobrevida pós-descongelamento", explica o médico especialista em reprodução humana, Marcelo Marinho de Souza.  

Segundo o especialista, há algumas indicações especiais para o congelamento de sêmen:

  • Indivíduos que serão submetidos à vasectomia, preservando a fertilidade futura;  
  • Antes de tratamentos relacionados ao câncer (leucemia, câncer de testículo etc…), sejam cirurgia, quimio ou radioterapia;  
  • Prévio à cirurgia do testículo ou da próstata;  
  • Criopreservação dos espermatozoides obtidos por aspiração do epidídimo ou de cirurgias dos testículos;  
  • Indivíduos que trabalham em profissões de risco;  
  • Homens sem filhos e sem planejamento para tal, devido ao passar do tempo e envelhecimento, etc.   

A idade mais recomendada para realizar o procedimento é abaixo de 45 anos. Afinal, assim como os óvulos e embriões, o sêmen também não tem "prazo de validade", destaca o profissional. No entanto, não há limite de tempo para se manter congelado para uso futuro.  

Como funciona o processo de congelamento de sêmen?  

Inicialmente, o sêmen é obtido por masturbação, devendo ser criopreservado em prazo máximo de 1 hora após a coleta. A amostra é mantida com temperatura próxima a 37ºC durante alguns minutos para a sua completa liquefação, após o que é feita a sua análise em câmara especial.   

O próximo passo é adicionar a um meio crioprotetor para a devida proteção da célula durante todo o processo de congelamento. Em seguida, é feita a deposição em palhetas especiais adequadas para o congelamento em nitrogênio líquido. 

Deve-se manter uma alíquota pequena para a análise pós-descongelamento para segurança e controle de qualidade do processo como um todo. As amostras permanecem em containers de nitrogênio líquido devidamente identificadas à temperatura de - 196ºC.  

O caso é analisado pelo médico assistente e devidamente planejado para que seja descongelado exatamente no dia de sua utilização. Este dia deve ser individualizado de acordo com o perfil e estratégia de cada casal.  

"É importante ressaltar a necessidade de se assinar termos próprios de informação e esclarecimento, o que torna o processo todo mais seguro. Igualmente, é obrigatória a realização prévia de exames de sangue, que atestam a inexistência de doenças infecciosas do paciente. Como um todo, trata-se de um procedimento muito seguro, em que podemos oferecer ótimos resultados para a preservação da fertilidade masculina", finaliza Marcelo.   

 Fonte: especialistas da  FERTIPRAXIS Centro de Reprodução Humana.

Saúde em Dia
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