Entenda como os exames de rotina podem ajudar a prevenir doenças
Oncologista fala da importância da descoberta do câncer em estágio inicial
Em tempos de Covid-19, uma questão se faz necessária: "como estão os exames de rotina e preventivos?". O medo pela contaminação do novo coronavírus em ambientes hospitalares e clínicas alterou a rotina das pessoas.
Consequentemente, isso gerou maior descuido com a própria saúde em relação a outras doenças. Essa é uma das preocupações de vários profissionais de saúde, em especial de oncologistas, que alertam para o perigo do diagnóstico tardio para a maioria dos casos de câncer. Temos dados e personagem para essa sugestão.
Em tempos de pandemia, no qual, ficar em casa é necessário para se proteger e não causar riscos às outras pessoas, é importante não esquecer dos exames de rotina, pois eles podem prevenir doenças e até mesmo aumentar a chance de cura caso alguma seja diagnosticada.
De acordo com o Dr. Felipe Moraes, oncologista do Hospital Nove de Julho, o câncer de mama, de colo uterino, próstata e o câncer colorretal estão entre os tipos mais comuns que podem ser identificados nos exames de check-up.
Além disso, pacientes que fumaram por muitos anos ao longo da vida, é fundamental utilizar estratégias, como tomografias anuais que ajudam a identificar e aumentar as chances de cura para câncer de pulmão.
Ficar em casa não deve ser sinônimo de sedentarismo e muito menos de hábitos alimentares inadequados. O médico diz que "é importante incluir na rotina atividades físicas e alimentos que contribuem para o não desenvolvimento do câncer".
Na prevenção secundária, ou seja, no diagnóstico precoce, alguns exames devem ser realizados para evitar o desenvolvimento de forma mais grave da doença. Por esse motivo, o toque retal e PSA, no caso do câncer de próstata, mamografia para o câncer de mama; papanicolau para o câncer no colo uterino; colposcopia para o diagnóstico do câncer colorretal.
Encontra-se risco quando o câncer é descoberto em estágio mais avançado, onde o tratamento tende a ser mais complicado e as chances de recuperação se tornam menores. Por isso, cada indivíduo precisa se cuidar de acordo com o histórico familiar, pois isso tem que ser levado em consideração.
"Os exames de papanicolau, mamografia, ultrassonografia, exame de toque e PSA devem ser realizados pelo menos uma vez por ano. No caso da colonoscopia, uma vez a cada 5 anos, a partir dos 45 anos".
"Não há dúvidas que a pandemia atrasou uma série de diagnósticos oncológicos. Isso vai ter um impacto importante nos próximos anos, já que com o diagnóstico tardio o tratamento tende a ser mais mórbido e menos resolutivo", finaliza o Dr. Felipe Moraes.
Fonte: Dr. Felipe Moraes, oncologista do Hospital Nove de Julho.