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Entenda o que é a hérnia de disco e saiba como tratar

Uma condição muito recorrente entre a população é a hérnia de disco. Ela acomete a coluna vertebral, composta por 33 vértebras ou corpos vertebrais ósseos. Entre uma vértebra e outra se encontram os discos intervertebrais, um disco amortecedor que conta com um núcleo e um anel cartilaginoso. O núcleo é formado por 90% de água […]

23 out 2024 - 15h38
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Uma condição muito recorrente entre a população é a hérnia de disco. Ela acomete a coluna vertebral, composta por 33 vértebras ou corpos vertebrais ósseos. Entre uma vértebra e outra se encontram os discos intervertebrais, um disco amortecedor que conta com um núcleo e um anel cartilaginoso.

As dores locais podem ser reflexo do desgaste da cartilagem dos discos intervertebrais / Foto: Shutterstock
As dores locais podem ser reflexo do desgaste da cartilagem dos discos intervertebrais / Foto: Shutterstock
Foto: Saúde em Dia

O núcleo é formado por 90% de água e proteoglicanos, permitindo a absorção de impactos, a mobilidade e a movimentação do corpo intervertebral. Dessa forma, ela influencia no equilíbrio e no balanço nos movimentos. 

A hérnia de disco é resultante de um desgaste desta cartilagem e do extravasamento do conteúdo gelatinoso. Essa condição pode ser degenerativa crônica ao longo dos anos, devido ao desgaste traumático agudo motivado por algum evento externo ou ainda decorrer de alterações genéticas que geram lesões internas do disco. 

Tipos de hérnia de disco

 De acordo com o neurocirurgião e especialista de coluna, Dr. Lucas Vasconcellos, existem alguns critérios para classificar a condição. Confira os principais abaixo.    

Localização: 

  • Hérnia de disco cervical
  • Hérnia de disco torácica
  • Hérnia de disco lombossacra

Tamanho:

  1. Considera os abaulamentos e protrusões
  2. Leva em conta as extrusões e se manifestam como hérnias grandes
  3. Analisa abaulamentos, extrusões e sequestros, resultando nas hérnias sequestradas

 

Sintomas e diagnóstico

Os sintomas mais recorrentes são as dores locais. Por isso, se a hérnia estiver no pescoço, a dor será uma cervicalgia, por exemplo. O especialista esclarece que também existem as dores irradiadas, como no caso da cervicobraquialgia na região cervical, na qual a dor vai da região do pescoço até o braço. Além disso, também há a dor ciática que vai da região lombar e desce pela perna, podendo chegar até o pé. 

O diagnóstico é clínico, partindo da queixa do paciente e deve ser feito por um médico especialista que, ao realizar um exame neurológico, dê as características da dor, da lesão, do déficit e da irradiação.

Posteriormente, essa primeira análise deve se confirmar por meio de um exame de imagem. Nesse sentido, a ressonância magnética é o principal meio para o diagnóstico e confirmação das hérnias de disco. 

Público de incidência e tratamento

O especialista explica que não é uma prevalência quanto ao sexo, mas a faixa etária de maior incidência está entre os 25 e 65 anos de idade. Além disso, por ser uma doença degenerativa crônica, quanto maior a idade do paciente, maiores são as chances dele desenvolver a hérnia de disco.  

Quanto ao tratamento da condição, na maioria dos casos se realiza uma abordagem conservadora. "É feita a indicação de medicamentos para alívio da dor e dos sintomas, além de reabilitação com fisioterapia, e fortalecimento da musculatura.", esclarece o profissional. Dentre os casos que necessitam de algum tratamento, a maioria deles é feito a partir de uma injeção analgésica.

Dessa forma, uma pequena porcentagem precisa recorrer a um tratamento cirúrgico. Isso porque, atualmente, há a predominância de abordagens minimamente invasivas. É o caso das realizadas de forma percutânea, e das próteses de disco que mantém a movimentação.

Cirurgia

A cirurgia se indica para aqueles casos que não apresentam melhora com o tratamento conservador entre três e seis meses, ou para pacientes que apresentam algum déficit de força significativo. 

"Essas cirurgias hoje são realizadas de forma minimamente invasivas, tendo como a preferência a preservação dos movimentos sem a necessidade de parafusos e com o uso de prótese de disco, que substitui o disco intervertebral por um disco novo. Isso mantém o movimento 100% normal, sem a perda de mobilidade e com uma duração e durabilidade do sistema por toda a vida, sem a necessidade de trocas das próteses de disco.", conclui o neurocirurgião.

Saúde em Dia
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