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Entenda por que não esquecemos como andar de bicicleta

Neuropsicólogo explica como funciona o processo de armazenamento de memórias no cérebro

25 dez 2022 - 14h02
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É fato: uma vez que aprendemos a pedalar, jamais esquecemos como é. Porém, por que a memória é tão perfeita nessas horas e, em outras, pode falhar tanto? O "segredo" está na nossa capacidade de armazenar memória de longo prazo.

Cérebro possui capacidade para armazenar memória a longo prazo
Cérebro possui capacidade para armazenar memória a longo prazo
Foto: Shutterstock / Portal EdiCase

Tipos de memórias

Segundo o neuropsicólogo Boris Suchan, existem dois tipos de memória de longo prazo: a de procedimento e a declarativa, sendo esta última dividida entre a episódica e a semântica. Em um artigo publicado na Scientific American, ele explica que, enquanto a memória episódica é responsável por lembrar de eventos ocorridos durante a vida, a semântica cuida da lembrança de fatos específicos. Enquanto isso, cabe à memória de procedimento manter conhecimentos sobre habilidades que aprendemos ao longo dos anos.

Informações como pedalar e dirigir são armazenadas em uma área do cérebro à parte das demais
Informações como pedalar e dirigir são armazenadas em uma área do cérebro à parte das demais
Foto: Shutterstock / Portal EdiCase

Por que não esquecemos como andar de bicicleta?

Informações sobre como dirigir um carro ou andar de bicicleta, por exemplo, são armazenadas em uma área do cérebro à parte das demais memórias. É por isso que alguém com amnésia pode pedalar ou sair por aí dirigindo mesmo sem lembrar o próprio nome.

Isso não quer dizer que é impossível esquecer como se anda de bicicleta. Uma pessoa que venha a sofrer algum dano cerebral que impacte os gânglios da base pode perder funções e acabar esquecendo como andar de bicicleta. Fora isso, como bem explica o Dr. Suchan, já que as memórias responsáveis pela criação e armazenamento de padrões de movimentos ficam em uma área do cérebro que sofre muito menos regeneração celular dos nervos, habilidades ficam registradas por muito mais tempo na nossa memória.

Texto originalmente publicado na Revista Bicicleta (Edição 129).

Por Revista Bicicleta

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